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Paz e Amor

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Há muitas formas de se compreender a mente humana. Mas, não há muitas formas difundidas e desenvolvidas para lidar com a variação de perspectiva de seu desenvolvimento: o desenvolvimento da mente e da experiência de viver a vida, de tal forma que esteja em seu ser a felicidade, o respeito, a compreensão das ligações coletivas e de necessidades prementes de um desenvolvimento significativo. Muitas vezes, se veem ou se escutam afirmações de que o ser humano é o mesmo desde sempre. Como se pode saber, se a maior parte da experiência humana não foi escrita ou filmada ou registrada de alguma maneira? Quase toda essa experiência encontra-se em dilemas circunscritos às limitações dos poderes que dominam cada uma de suas experiências. A submissão subconsciente ou mesmo inconsciente relega a limbos bastante restritos do desenvolvimento ou para o desenvolvimento de uma mente em franco desenvolvimento insciencial.

“Certa vez, uma bonita moça ingênua chamada Ata sonhara ter ingerido uma chave. Levada aos hospitais, a chave não era encontrada. Alguns médicos e outros em brincadeira disseram a ela que ela comeu a chave e trancou tudo. Em sua suave ingenuidade, aquilo repercutiu de maneira devastadora em seu corpo. Em pouco tempo, ela estava absolutamente fechada para o universo externo. Passaram-se alguns anos, e não havia meios de se comunicar com a jovem Ata. As chaves fecharam a sua existência, a sua convivência e as suas reações orgânicas. Ela fora conduzida aos maiores especialistas para resolver o problema, sem que compreendessem, se não existia uma chave, o que teria acontecido. Certa manhã, Ata estava com um semblante de vazio, olhando o horizonte, quando uma criança disse, brincando com outra: “Você engoliu a chave e agora vai ter que tirá-la em seu sonho.” Ata ficou intrigada com aquela frase e refletiu todo o dia. Chamou a sua mãe ao anoitecer e disse: “Vou achar a minha chave. Se eu não achar, eu irei morrer. Se eu achar, eu irei viver.” A mãe, assustada com a frase da filha, chamou os irmãos e os parentes, pois havia tempo que ela nada dizia, e repentinamente disse isso. Anoiteceu, e Ata pôs-se a dormir. Durante o estado de pré-sono, ela pensou: “Vou encontrar a minha chave, em meu sonho. Vou encontrar a minha chave em meu sonho.” E repetiu até adormecer. Durante a noite, repentinamente, ela acorda gritando: “Eu achei!” Todas as pessoas acordaram em volta. “Achou o que, Ata?” “Achei a minha chave. Agora estou livre”. A partir desse dia, Ata pôs-se a estudar a sua própria situação, e chegou a uma conclusão que se deu o nome de Ata, a ponte com o sonho, a ponte com a exociência. A ponte de Ata, nesse caso, a expressão em língua local do ocidente da China é Saota, de Ata. É uma história verídica. A ponte de Ata é uma descoberta, de encontrar-se no sonho e aprender a lidar com o universo insciencial chamado de exociência. A ponte de Ata é, portanto, um pequeno exercício. Um exercício de encontrar a si. Já fora citada nesses encontros, a descrição do livro Viagem a Ixlan em que se olha para as mãos para encontrar-se em seu sonho. É um exemplo da ponte de Ata. A luz do amor é sempre uma possibilidade, quando se encontra em suas experiências de viver a vida, dialogando com suas questões, com seus conhecimentos, com a sua experiência. Certamente, descobrirá situações como esta descoberta por Ata. Agradecemos. Paz e Amor.


Grupo: Agradecimentos.

NA: Igualmente agradecemos a acolhida. Agradecemos assim a todos que contribuem com o nosso encontro. Agradecemos ao irmão por ajudar a esclarecer o sentimento que nos faz encontrar. Certamente, é assim que se encontra a ponte de Ata. Agradecemos.

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Atendimentos

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NA: No caminhar pelas estradas da vida, certamente, as previsões mais se assemelham à dinâmica do tempo. Pode chover, pode fazer sol, pode ter tempestades, pode ter frio, ou muito calor. Mas, é preciso que se considere que as coisas que acontecem, elas entremeiam não apenas pelas tendências que vão se conformando pelas atitudes, mas elas podem surpreender exatamente pelas atitudes que não foram empreendidas, que não se sabia, que não se imaginava. Porque de alguma maneira, há coisas que se ignora. Essas coisas ignoradas parecem não ter importância diante dos afazeres necessários e inadiáveis das experiências de cada um. Algumas vezes, não se sabe quando nem onde. Às vezes, é preciso reconsiderar a impotência desses afazeres ignorados. Às vezes, é preciso encontrar novas formas de entender a si e especialmente às ações que se tem com os outros. Não tenham dúvida que as ações conscientemente erradas, baseadas em interesses que prejudicam outros, certamente recochitearão. Não se sabe se através das tempestades, do frio, ou do calor; da maresia, ou da dor. De alguma forma, as forças tehili irão demonstrar ao ser Aintai, ou ao ser Intai, como estamos ligados uns aos outros. E que aquilo que é chamado de maldade, diferentemente das realidades políticas, econômicas, sociais, que desprezam a dor e o sofrimento alheio, ficando impunes, diferentemente disso, o universo compreende tal qual a gravidade em seu planeta. Inevitavelmente, irá cair sobre si aquilo que constitui a sua ação. Talvez não haja nem sentido de se compreender como alguma espécie de punição. Não é. É da essência da ação a sua própria reação sobre si mesmo. Então, quando se destrói aos outros, por meio da maldade, esta incide na mesma intensidade contra si. Aí ou acolá. É da natureza da essência da existência. Da mesma forma, assim acontece com a experiência do amor. Não é diferente. Não é punição. Não é prêmio, é Kalamatsana. Acenda-se para si, descubra uma ponte de Ata. Paz e Amor. Paz e Amor. Agradecemos.