Paz e Amor.
Algumas vezes, iremos fazer uma espécie de conexão entre Paxma e a Terra, porque há semelhanças entre os desenvolvimentos nos estágios de urgência, necessários para cada um. Se isso for possível. Algumas dificuldades referem-se aos limbos Aintai, na Terra, e Intai e Narantai e Ranarantai em Paxma. As histórias podem ser, de alguma maneira, uma ênfase à força de encontrar a força do amor.
Naran é uma espécie de região de onde começou o processo de desenvolvimento de seres humanos trazidos para essa região. De alguma forma, outras necessidades surgiram pelas condições específicas de cada planeta. Mas, foram povoados em épocas diferentes. Há outros planetas anteriores à Terra, que, vez ou outra, iremos citar para que se compreenda um pouco do sentimento de angústia incrustrado ainda na humanidade terrestre. Mas, a priori, há uma situação inter-relacionada entre Paxma e a Terra. De alguma forma, da Terra para Paxma foi levado o problema persistente da angústia, e a flor de Naran pôde revelar essa dificuldade. Na ocasião mais antiga, em Naran, os seres encarnavam em tamanhos menores e em locais construídos preferencialmente no interior do planeta. Pois, a atmosfera não era propícia. Atualmente é, graças a esse evento incrivelmente importante, devido à sua particularidade singela e única de um ser. Os seres confrontavam “psicologicamente” seus movimentos em seus túneis subterrâneos, e não havia a ideia de estarem na posição ereta. Eles caminhavam pelos túneis, que tinham aproximadamente 50cm. E na forma ereta, esses seres poderiam alcançar até um metro. Certo dia, foi enviado de outro lugar, uma semente que traria uma nutrição melhor para os seres Narantai. Esses seres plantaram essa semente. Durante muito tempo, consumiam a sua semente prematuramente por essa ser de fácil nutrição e estar em ressonância, no momento, com a estrutura orgânica e insciente dos seres Narantai. Casualmente, saíam para fora do espaço externo do planeta, e investigavam a possibilidade de se adaptarem a um outro estilo ou tipo de sobrevivência. Passaram-se muitos e muitos anos de Naran. A experiência de sair em dado momento foi acompanhada de uma sacola com as sementes. Devido a uma ocasião acidental, a sacola derramou as sementes. Na urgência de voltar, abandonaram as sementes. Algum tempo depois, observavam no interior de suas galerias raízes que cresciam rápido e estavam destruindo os seus espaços íntimos. Resolveram sair para investigar o que estava fazendo isso, quando encontraram um campo imenso cheio de flores. As flores estavam exalando o “oxigênio” necessário para a sobrevivência dos Narantai. Uma flor, em especial, cresceu em um tamanho maior e parecia comandar as outras flores. Esta flor ainda está há mais de cinco mil anos na experiência de Naran. A experiência de Naran trouxe uma transformação para os seres Narantai. Hoje, eles se desenvolvem ao nível da humanidade terrestre. Muitas mutações transformaram os seus corpos. Muito mais rápido do que na Terra, o desenvolvimento esbarrou em uma linha limite chamada de flor de Naran. Porque toda experiência construída nos tubos, nas galerias, limitava o ímpeto de desenvolver e a flor abriu caminho para a experiência ereta dos seres de Naran. Apesar de ser a experiência como um todo mais rápida do que na Terra, ainda há o limite da ansiedade que causa medo e insegurança dentro de si e entre os outros. A flor de Naran pode ser trazida para a humanidade como exemplo de um limite imposto pelas questões que impedem cada um de sair do seu lugar, de sair para fora do seu dentro imposto pelos de fora, para o externo da exosciência, para o movimento que questiona aquilo que já está pronto, aquilo que é imposto para manter todos dentro de seus túneis. O complexo humano da flor de Naran é aquilo que impede cada um de, pouco a pouco, se tornar melhor, diferente, extraordinário, na simplicidade de contestar de alguma forma para trazer mudanças. Não é possível manter-se na contradição da existência violenta para se ver egoisticamente resolvido em nenhuma solução. Certamente, a flor de Naran traz para a frente do conteúdo existencial longínquo de cada um as suas rotas, uma força extraordinária para reconhecer a si no seu esforço de transformação. Na humanidade ainda é uma experiência insciencial, onde não se pode dizer quem deve levar as suas sementes para externalizar o desenvolvimento de todos os seres humanos. É possível e é preciso encontrar a luz do amor como referência incondicional para investigar e semear a flor de Naran e romper com uma limitação de que tudo já está pronto e nada se pode fazer. Então, faça dentro de si, por si e pela vida, pelo amor. A existência é muito mais ampla do que o que cada um sabe de si. Talvez nem saibam, alguns. Paz e Amor. Paz e Amor.
Agradecimentos. Apresentação do xxxxx
NA: Paz e Amor, agradecemos, seja bem-vindo. Agradecemos a presença de todos.
Grupo: Gostaria de agradecer toda a assistência que temos recebido. Sentimos a presença muito forte de todos vocês que estão conosco, nesse processo que minha família vem vivendo com minha mãe, e agradecer tudo que venho aprendendo cada vez mais, por tudo, pela luz que vocês trouxeram para mim para compreensão desse processo, para que eu tenha mais confiança, pela imensidão de tudo que eu venho vivendo, por todo amor recebido e praticado. Muito obrigada por tudo.
NA: Igualmente agradecemos. A luz do amor é incondicional.
Grupo: Você falou que a flor de Naran se faz presente nos humanos por meio da exosciência. É a partir dessa exploração da nossa exosciência e desenvolvimento na exosciência que nós conseguiremos trazer isso para a consciência?
NA: É uma forma.
Grupo: Tem alguma outra forma?
NA: Há muitas opções, aquelas que encontrares dentro de si.
Grupo: Existe uma relação entre a utemporalidade e a flor de Naran?
NA: A utemporalidade, como foi exposto, relaciona-se aos seres Intai.
Grupo: Ah, sim. Então é a decronização, não é?
NA: A decronização sim, mas a utemporalidade pode se relacionar também aos Ranarantai, que são os seres Narantai que deduplinam. Para deixar claro, com os humanos na Terra, você tem os Aintai e os Intai, ou seja, os encarnados e os espíritos. Em Paxma, você terá os Narantai e os Ranarantai, da mesma forma.
Grupo: Naran é uma região de Paxma?
NA: É uma região onde começou toda a experiência Naran.
Grupo: De onde vieram esses seres de Naran? Antes dos humanos na Terra?
NA: Vieram depois, mas alguns já estiveram lá. Muitos seres humanos são duplinados em outros planetas. E Paxma é um desses planetas.
Grupo: Quando fala em Narantai e Ranarantai, então esse processo de duplinar e deduplinar lá segue as mesmas, ou semelhantes, leis físicas da Terra?
NA: Nã. Cada um do seu lugar.
Grupo: É outra dimensão…
NA: É outra referência na mesma dimensão. Se você tiver disponível perto de oitenta mil anos para viajar até lá… É pertinho.
Grupo: Mas existem essas dimensões (em Paxma). Trimensão, tempo…
NA: Sim, mas tudo diferente.
Grupo: xxxxxx, há mais ou menos 3 semanas, me falou que tem algumas vezes a sensação de que é como se existissem dois dele. Ele me fala que tem a sensação muito clara e presente de que são dois. Ele me explicou com riqueza de detalhes as sensações que cada um deles tem. Isso me levou a uma reflexão. Eu busquei alguns textos dos encontros antigos para ver se havia algo semelhante. Você tem alguma coisa a dizer sobre isso? Existe essa possibilidade dessa multiplicação do ser?
NA: Sem emparelhar com nenhuma informação humana, a priori, ou seja, com essas teorias que andam por aí, o processo insciencial gera múltiplas impressões de si. Então, a partir daí, você pode imaginar que muitas coisas podem acontecer, tanto na exosciência, quanto no subconsciente, no inconsciente. E, desta forma, não se privilegia determinar a multiplicidade de um ser. Essa possibilidade, ela é mnemônica. Ele já teve muitas vidas, muitas experiências e as suas memórias inscienciais podem extravasar, trazendo impressões de tempo e de espaço utemporais, decronizadas, etc.
Grupo: Xxxx pediu acompanhamento pela viagem que vai fazer e a Xxxxx pede uma mensagem, nesse momento de mudanças, fins de ciclo e agora muitas tensões e mudanças.
NA: Para Xxxx, já fora articulado um grupo de companhia.
Cara amiga, quando se alcança o topo da montanha, de alguma forma se ressente do cansaço e algumas vezes não se admira a paisagem alcançada. Este é o momento, pois, ao retornar da montanha, irá reencontrar na descida velhos e amigos fantasmas, inoperantes e sorridentes. Talvez até senis, pois o esforço da paisagem revela muitas ingenuidades. É da natureza do desenvolvimento. Então, medo, pra que? A insegurança, se deixar, sempre estará ao lado de qualquer um. Então, encha-se de coragem, de verdade, de humildade, e siga o caminho promissor. Confie em si. Siga confiante. Paz e Amor.
Grupo: Gostaria de pedir acompanhamento para o xxxx que começa agora mais xxxx, que é determinante para ele. Gostaria de pedir acompanhamento para ele lá, que está numa fase de retorno às atividades importantes da vida dele.
NA: Cheios de energia e de novas possibilidades. Assim seja.
Grupo: E para minha mãe, que o acompanhamento continue maravilhoso como tem sido, e eu agradeço mais uma vez. Eu tenho praticado algo que foi falado por vocês aqui, que é a imposição de mãos sobre a pessoa, sobre si mesmo, a 10 cm do corpo, mentalizando a luz lilás. Tenho feito praticamente todos os dias e percebo uma temperatura diferente, em alguns pontos do corpo dela, e a reação física dela. Você tem algo a falar sobre isso?
NA: A confiança determina o resultado, que pode reverter muitas situações. Confie e continue.
Grupo: Última coisa, se possível, me orientar como lidar com xxxxxx dentro do quadro dele. Tenho muita dificuldade para compreender e requer muita energia, às vezes, lidar com ele, na situação mental em que se encontra, que não é uma novidade, mas que tem ficado mais difícil. Como lidar com ele? O que poderia me dizer sobre isso para que eu me oriente e oriente minha família nos cuidados com ele? Para que a gente se mantenha em equilíbrio e possa ajudá-lo também.
NA: A referência do amor incondicional, falar sobre as coisas que ele quer ouvir, lembrar de bons momentos e trazer para próximo a impressão verdadeira do amor. Você deve fazer isso como você sente, e assim com os outros. Ele terá mais condições de acessar com naturalidade. É preciso paciência. A paciência vem do amor. É preciso esperar. A espera vem do amor. É preciso tocar. A energia vem do amor. É preciso observar. A atenção se faz no amor. É preciso estar próximo. A presença é expressão de amor.
Grupo: Obrigadx.
NA: Igualmente agradecemos.
Grupo: Você falou sobre os seres de Naran, em Paxma. Em outro encontro, falou que em Paxma a infância era prolongada. Esses seres de Naran, eles são os habitantes de Paxma? Existem outros habitantes? E, se sim, como é hoje o ciclo deles no planeta? Assim como é o nosso aqui, fazendo um paralelo com o nosso.
NA: Paxma tem uma temperatura ambiente entre 16 graus e 40 graus centígrados. Está muito próximo da estrela, que é uma estrela mais branda do que o sol terrestre. Paxma tem um ciclo de 98 dias, comparando com a Terra, e a sua rotação é o equivalente a 16 horas, aproximadamente. O ritmo biológico é 3 vezes mais acelerado do que o ritmo biológico dos seres da Terra. Da principal localidade de Paxma, pode-se ver muitas estrelas mais próximas e 3 luas, que estão em distâncias diferentes. Duas delas são povoadas, porque tecnologicamente, eles conseguiram migrar para essas luas. Elas têm atmosfera. Paxma é cheia de belezas como a Terra, é azulada como a Terra porque também tem água. Paxma já foi invadida 8 vezes, e isso forçou os seres de Paxma a se desenvolverem tecnologicamente. Eles são muito diferentes dos seres humanos no conteúdo, porque a infância mais longa requer uma noção da fase adulta e da velhice maiores do que a que se tem na Terra. A infância é um momento premiado na vida dos seres de Paxma. Eles conhecem o amor, conhecem a angústia, a tristeza da perda, mas se comunicam com os seres deduplinados. Por ora, é o que podemos dizer.
Grupo: Os invasores foram os mesmos nas 8 vezes?
NA: Não. Por 2 vezes foram os mesmos. E aniquilaram com eles. E eles foram ajudados por outros. É uma história longa. Não iremos narrar agora.
Grupo: São os mesmos que invadem na Terra?
NA: E quando foi que houve uma invasão na Terra?
Grupo: Pelo que eu sei e pelo que você já falou algumas vezes, tem alguns seres que vêm, não é?
NA: Mas invasão é aquela visível que é contra atacada.
Grupo: Essa situação da invasão e dos que foram aniquilados… Pode fazer conexão com a pergunta que foi feita pelo xxxxx, sobre como lidar com a paz em momentos de guerra? Como foi isso nos momento de invasão? Lembro-me que você respondeu que guerra é guerra.
NA: Pois é, já está respondido.
Grupo: Então, os seres de Naran têm contato com seres Extra-Naran?
NA: Sim, e ajuda muito ter intercâmbio de outros planetas.
Grupo: Por que será que aqui na Terra a gente não tem esse tipo de intercâmbio aberto?
NA: Já imaginou se tivesse?
Grupo: E aí me leva a outra pergunta: existe uma escala de desenvolvimento nesses planetas, ou entre os planetas?
NA: Não, são diferentes. O que tem a ver uma flor com uma pedra?
Grupo: E lá existe essa divisão como na Terra, de gênero masculino e feminino?
NA: É diferente.
Grupo: E os habitantes da lua de lá são os mesmos seres?
NA: São os mesmos seres. Eles migraram para as luas. Uma tem 50.000 km, outra tem 80.000, portanto é bem próxima uma da outra e a outra tem a mesma distância da lua terrestre, perto de 300.000. A deles tem perto de 290.000.
Grupo: Vc falou q a humanidade levou a angústia para lá, se eu entendi bem. Tem a ver com esse processo dos seres humanos que não se dão bem com esse processo que você já mencionou de deduplinação serem mandados para lá? É essa angústia?
NA: Não, é um pouco mais complexo, porque você não pode dizer de uma única angústia. Há muitas formas. Mas, essencialmente a relação feita entre a autolimitação quanto às mudanças íntimas em relação às atitudes que se têm na vida, na sobrevivência. Elas vão continuar sempre a mesma coisa? Cada um não pode fazer nada? Essa é a limitação quebrada pela Flor de Naran. Eles saíram do “buraco”, vamos dizer.
Grupo: Eu pensei e lembrei muito na alegoria da caverna.
NA: Não chega nem perto.
Grupo: Minha pergunta é: aqui nós temos nossa Flor de Naran? Correspondente à Flor de Naran?
NA: Dentro de cada um. O amor.
Grupo: Perguntei sobre como lidar com meu pai. Abrangendo um pouco mais eu pergunto: como lidar com pessoa que tem sofrimento mental? É algo somente físico, patológico? Principalmente no caso do idoso, um idoso fisicamente muito forte e muito saudável, mas que é claro que tem um sofrimento mental pela condição que me parece consciente da parte dele de que ele está envelhecendo. E eu percebo os momentos, às vezes, que eu tento ajudar, mas não estou conseguindo. Que eu sinto que, por mais que eu lhe ofereça amor, eu preciso de um equilíbrio ainda maior e achar um ponto para tocá-lo para que eu possa ajuda-lo. Não só a ele, mas as pessoas que passam por esse processo, da perda da memória, de um nervosismo quase incontrolável. Como lidar com isso?
NA: São tantos sofrimentos mentais, portanto, são tantas as formas de lidar. A partir de uma pessoa. Como são tantas as pessoas, que você tem tantas, tantas formas de lidar. Então, não há uma solução cabível para todos. O amor deve ser uma referência. E as mudanças que acontecem em seres considerados fora de uma média mental, você pode pegar mais da metade da população e incluir no mesmo rol. Dessa forma, a humildade é uma referência para quem quer ajudar. A simplicidade, a abertura, nenhuma condição, a priori. O amor é uma essência de todos. Imagine que qualquer um que esteja controlando a sua vida já é um maluco. Porque ao tentar dominar uma pessoa qualquer, ele não está nem acima, nem abaixo. E esse poder frequentemente é um poder de origem econômica, e já é injusto e também é maluco. Muito doido, para dizer na linguagem humana, a ponto de deteriorar toda forma de razão que se possa considerar racional, porque se diz racional como melhor, e na verdade, quase sempre é pior, porque não tem sentimento, e sem sentimento pode ser substituído por uma máquina. E é o que vai acontecer, sem querer estar prevendo o futuro.
Grupo: Tenho uma curiosidade sobre Naran: existe algum sistema igual a gente tem o sistema financeiro aqui?
NA: É diferente. Porque não vamos detalhar. Porque é alegoria, apenas uma história curiosa e diferente. Pode trazer erros na interpretação e na forma de entender e não vamos invadir a sua mente para tentar corrigi-la. É melhor evitar. Já descrevemos alguma coisa para deixar a impressão de que é diferente.
Grupo: Na exosciência a gente tem contato com esses seres?
NA: Tem, não exatamente com esses, mas com outros, talvez. Talvez alguém tenha. É comum, é frequente.
Grupo: Como você disse, os Narantai têm contato com os Ranarantai. Esses seres Ranarantai, que estão deduplinados, estão na mesma dimensão dos Intai aqui, ou é bem separado?
NA: Sim, é separado, mas estão no mesmo … . E há correspondência, inclusive as trocas necessárias feitas por outros Ranamás.
Grupo: Os Ranamás atuam lá?
NA: Atuam. Tudo diferente.
Grupo: E o ambiente é Magnem também?
NA: Mais ou menos. Ambiente dos Ranarantai.
Grupo: Eu queria comentar uma questão do exercício. De vez em quando eu sinto que eu faço mais focada, mais envolvida e venho sentindo os efeitos dos Pina. Eu fico muito focada, sinto que tem o efeito corporal, mental, na ampliação das ações do dia, mas ao mesmo tempo, eu tenho sentido alguns momentos, muito rápidos, de uma tonteira. É decorrência do exercício, ou algum outro fator?
NA: É uma soma de situações, mas você deve dar uma parada.
Grupo: Dos exercícios?
NA: Isso. Naquele momento, se isso acontecer.
Grupo: Porque normalmente acontece depois. Nas ações do dia, eu sinto como se estivesse sob o efeito do exercício, mas também com… De qualquer forma, eu devo diminuir os exercícios…
NA: Se acontecer no exercício…
Grupo: Eu fiz o Pina 2 e tive essa sensação de tontura
NA: É uma situação de equilíbrio. Há uma atuação por meio do labirinto, portanto é condizente com ter tontura. Então, nesse caso, é só dar uma parada, se incomodar. Mas, você pode viajar.
Grupo: Eu sinto isso também, mas em Guion. Justamente os labirintos, né? Quando vai a viagem eu, às vezes, sinto. Mas continuo.
Grupo: Estou querendo perguntar sobre os mantras. Tenho cantado diariamente um mantra das mulheres de Machu Picchu. Canto para minha mãe todos os dias, que é uma canção linda. Qual a força dos mantras? Existe algo real ou é invenção humana? Uma crença somente? Gostaria de ouvir sua opinião a respeito.
NA: Tudo que você fizer confiando é forte.
Grupo: Com licença, posso fazer três perguntas?
NA: Por favor.
Grupo: O som OM, o mantra OM, posso entende-lo como um som universal?
NA: O que é um som universal?
Grupo: Eu entendo que um som universal é um som que toda forma de vida possa vibrar com a harmonia de paz e amor. E entendo que esse mantra OM é um mantra que pode ser repetido por qualquer ser em qualquer dimensão, que ele vai estar reverberando. Para mim esse som reverbera harmonia de paz e amor. Tem fundamento além da crença? Essa crença minha é intuitiva? Há mais alguma coisa que você me acrescenta?
NA: Você quer um questionamento ou uma afirmação?
Grupo: Estou fazendo um questionamento para obter uma afirmação.
NA: Vamos pensar, se eu fizer TOMMM, tem diferença?
Grupo: Termina no mesmo OM. Tem diferença no início, mas o final é o mesmo.
NA: Pois é. O que faz a ressonância é o que permanece no tempo, concorda? Porque se eu fizer Ó, deu tempo de criar ressonância?
Grupo: Não
NA: Então, desta forma, TOMMM é a mesma coisa BOMMM, LOMMM. O ataque é muito rápido. Ele gera uma frente de onda, mas não gera ressonância. Então, há um pouco de fantasia que é essencial para criar a referência de crer, de fé. Você não pode ser matemático para fazer mágica. Você precisa ser o sentimento. E a ressonância é o tempo de sentir, seja aaaaa, ooooo, iiiiii (em frequências diferentes). Cada um pode gerar um aspecto desejado, e, se você percebe os efeitos benéficos e crê, ele se torna uma referência para você. O universal é uma ideia meio genérica e, de certa forma, falando com amor, pretenciosa, porque todos são diferentes. Mas, existe o universal. Como ele é e quem é ele, é algo como a morte, é algo como o deslumbre, como o amor que perpassa as diversas dimensões. Não se pode dizer que uma formiga entre em ressonância de amor com o OM, mas talvez ela possa sentir ao seu modo uma referência de um som totalmente diferente daqueles que elas escutam entre elas. E uma pedra pode entrar totalmente em ressonância fazendo-se sentir o próprio. A existência é um caminho muito largo, mas cheio de diferenças, então as diferenças são universais, e, por serem diferentes e universais, todos nós somos diferentes.
NA: A segunda pergunta?
Grupo: Eu vou para por aqui para continuar refletindo sobre essas informações.
NA: Paz e amor.
Grupo: Vou contar só uma historinha que eu lembrei. O discípulo perguntou para o mestre: Mestre, na hora da raiva qual é o melhor mantra para eu entoar? E o mestre falou assim: na hora da raiva, qualquer um que você lembrar está bom! (se você se lembrar de um já está ótimo!)
NA: Muito bom. Pois é, a sabedoria humana é muito rica. Porque pisotear nela com tanta força, tanta ignorância?
Grupo: Pegando o gancho do mantra, ressonância, voz, sílaba, eu levo isso para o corpo, para a linguagem da dança, o movimento. Eu contei para a xxxxx uma vez, uma fase de pessoas que amamos muito que passaram por situações difíceis de saúde, e eu estava na Áustria (e isso acontecia no Brasil). Eu comecei a criar uma seqüência de movimentos que eu chamo de Dança 8, por causa do 8 que é o símbolo do infinito e a seqüência da dança sempre em 8. E eu comecei a dançar com meus alunos, toda semana em minhas aulas, mentalizando essas pessoas, e começou com uma pessoas especificamente. E eu mentalizava a cura dela, seu bem estar, emanando amor de lá para cá. Eu queria fazer isso coletivamente para que essa força crescesse e que ela pudesse receber isso aqui. Depois vieram outras situações, outros amigos, outras pessoas que eu ia sabendo que necessitavam também de mais amor, de energia positiva. E isso cresceu. Eu danço isso em todas as minhas aulas e os meus seminários de dança, sempre mentalizando a emanação do amor, não só para essas pessoas específicas, mas para todos, de uma forma maior. E eu tenho imensa confiança que isso pode ajudar, especialmente feito da forma coletiva. Então, seria uma outra maneira de se atingir, de se emanar amor. Não sei se seria uma pergunta, você já me deu uma resposta sobre a imposição de mãos, que tudo que se faz com confiança tem resultados positivos. Nesse caso, eu tenho essa sensação que quem consegue compreender a proposta entra nessa sintonia comigo, e a gente percebe que de alguma maneira isso pode realmente influenciar. É fantasia minha? Eu percebo isso muito forte. Eu acredito muito que isso realmente pode criar um movimento através da linguagem da dança, do movimento corporal que vai pra algo mais profundo, mais íntimo, mais abstrato ainda.
NA: A imaginação é essencial. A fantasia e a fé, a confiança, a criatividade, alimentam um desenvolvimento. Sem isso, nada se faz. Então, é importante que se faça para contribuir, pois, tanto a arte quanto a cultura, ou seja, a forma de entender e de viver de cada um, as religiões, as formas de expressão, tudo enriquece e contribui para se aproximar do amor, para se compreender o ser em sua forma mais rica. Rica no sentido de uma diversidade, de uma forma não única, múltiplas formas de ser, múltiplas soluções para um dia melhor, para uma humanidade mais completa, que faça um peso maior do que a violência, do que a destruição, do que a arrogância, do que muitos outros aspectos negativos e destrutivos que ainda dominam. Perto de 80% da população humana não conseguirá ouvir e ver o seu próprio desenvolvimento, e isto não é uma boa coisa. É preciso arte, é preciso a cultura, é preciso ser como se é, em cada lugar, diferente de outro, com outras base. O conhecimento não é um único. As dominações são nocivas e destrutivas. Não é preciso dominar, é preciso amar. Paz e amor.
NA: Ao longo de muitas exposições, tentamos nos aproximar de formas de dizer algo que seja plausível e que esteja nas mãos, nos corações, nas mentes de vocês. A complexidade da dor e da violência, da dominação e da desesperança, não pode revelar um desenvolvimento para todos. O planeta reúne a todos e em distâncias muito grandes de outros parceiros. Mas, para encontrar esses parceiros, com uma forma de violência, talvez a humanidade não teria nenhuma chance. Mas, há muitas virtudes, como se pode ver nesse gracioso conto que nossa irmã nos contou. Há milhares, talvez milhões, de coisas do mesmo tipo espalhadas pelo planeta. É preciso mudar. É preciso uma Flor de Naran, o que quer dizer, o amor dentro de cada um. Certamente não temos nenhuma intenção de comparar a Terra com Paxma. Elas são diferentes. São planetas diversos com origens diferentes, com histórias diferentes, mas com ligações importantes. O exemplo de Paxma é apenas um entre muitos e muitos outros, mas serve para mostrar que mesmo alguns muito diferentes podem trazer lições que talvez já preveja, sem querer prever, que há possibilidades de se transformar. Mas, não é uma coisa para longo tempo. A humanidade repete as mesmas questões por milhares de anos. Acordem! Acordem! Você pode fazer muita coisa dentro de você. Aprenda a olhar a sua mente. Aprenda a respeitar-se, mas também a oferecer para os outros amor, resistência, talvez revolta, mas sempre à luz do amor. A revolta negativa é a mesma violência. A revolta do amor é uma decisão: assim não dá. Essa referência para a humanidade, de alguém que não é humano, é trivialmente exótica e inoperante. Apenas fazemos a nossa parte, e a nossa parte é o amor, é o que podemos comprovar, pois está dentro de cada um de vocês. Paz e Amor. Mnahrkiwon. Paz e Amor.