Muitas vezes, aludimos às paisagens humanas para abordarmos temas da experiência humana. Certamente, a luz humana está prescrita em sua experiência insciencial, aquela do espírito. Não é o caso de explicarmos sobre o espírito, mas o entendimento comum sobre o espírito é aquilo que está em sua própria mente. Certamente, muitos de vocês percebem as limitações da experiência da vida, e compreender essas experiências é trazer para a consciência algo que normalmente está no âmbito do subconsciente. É necessário descobrir esses caminhos, os caminhos das atitudes, os caminhos das ações das pessoas diante de seus semelhantes, diante de si mesmos. Algumas vezes, não se percebe o limite dessas experiências. E dizemos que há uma espécie de extravasamento. O extravasamento vem de outras experiências, de outras formas já vivenciadas em um passado anterior. Mas, podemos dizer que a força da experiência também reside nas ligações familiares, que também são trazidas de outras experiências. É preciso perceber dentro de si, na sua mente, na sua própria visão de si, das atitudes que se tem ao longo da vida. A experiência de cada um não pode ser resumida. A experiência das pessoas experimenta aquilo que chamamos de suirsoma. O suirsoma são as ações que aproximam do eixo do amor incondicional, que cada pessoa tem em sua espiritualidade. A essência do amor pode ser transformadora para todos. Mas, é preciso que você se aproxime de si, ame a si, respeite a si, aos outros, e compreenda que as ações da sua experiência foram trazidas para esta vida para você se melhorar. E isso sempre acontece. Certamente, você é melhor do que já foi, e sairá desta experiência transformada. Isso é essencial que se compreenda, pois é imprescindível que se confie em si mesma. Na medida em que se traz à tona diversas questões que são conflitos, que são desavenças ou incompreensões, saibam que isso é também o objeto suirsômico, ou seja, você concordou, em determinado momento que essas questões possam ser resolvidas nas oportunidades que lhe serão apresentadas. Há outro conceito importante que ajuda a transformar a força de cada um: é uma espécie de força da natureza, chamada tehili. As forças tehili são resultantes de processos da sua espiritualidade em exercício na vida real. Ou seja, a sua mente pode e deve interferir no horizonte das transformações da experiência de vocês e de outras pessoas. Esta transformação, ela traz novas possibilidades de descoberta de si, e na medida em que se confia e se entrega ao seu suirsoma, a natureza irá agir, criando e recriando as sicronicidades, trazendo as experiências para o seu intercâmbio, o intercâmbio com as pessoas, consigo mesmo e com a natureza física, os eventos da realidade. Na medida em que há uma proposta na vida para cada um, cada um toma conta da sua própria experiência e age de acordo com o seu melhor. A expressão ‘o seu melhor’, muitas vezes, é entendida de forma reversa, como se houvesse algo pronto. Evidentemente, não há. O que está pronto, deveria ser a sua própria prontidão, a sua capacidade de realizar ações construtivas, ações que podem levar cada um a um patamar de equilíbrio. Esse processo evidentemente guarda uma espantosa simplicidade, pois a complexidade não reside nas ações, e sim, na própria natureza. Dessa forma, tudo que pode ser feito, e que esteja acompanhado da luz incondicional do amor, obterá o equilíbrio necessário para o transcurso do processo de viver a vida. Normalmente, algum percalço acontece, e esses percalços estão sempre relacionados a essas tais atitudes de cada um. Não quer dizer que isso seja como se fosse um pagamento de alguma coisa, ou como se fosse um castigo. Não, simplesmente uma consequência direta e óbvia, muitas vezes, claramente óbvia. Mas, sempre – é bom que se pense e que se sinta – há alternativas. As alternativas sempre são apresentações benevolentes da experiência de viver a vida. Benevolentes porque são alternativas, e que são também construtivas, e que podem gerar reequilíbrios. Nunca é tarde. Não há um passado que possa se tornar permanente. Sempre o passado pode ser transformado pelo presente, e retransformado no futuro. A experiência do tempo é a experiência do que chamamos de duplinação: viver a experiência em um corpo físico a partir da interação insciencial, ou seja, do seu espírito, que é a sua consciência, numa dimensão específica da realidade, que chamamos de dimensão de Guion. É a sua mente, é o seu pensamento; o seu pensamento interagindo com o seu corpo, o seu sentimento, interagindo com o seu organismo físico, por intermédio dele, mas não só. O ser insciencial interage com uma rede, o que demonstra uma possiblidade que vimos trazendo: o conhecimento da chamada exosciência, que é um âmbito da consciência mais amplo. Normalmente, a exosciência se trata de algo sentido pela consciência durante o sono, por meio de sonhos e de impressões advindas do sono. A exosciência, na verdade, podemos afirmar, representa 95% daquilo que poderia ser entendido como um tronco de consciência. Nós chamamos de tronco insciencial. O processo insciencial é a representação integral da sua espiritualidade, da sua mente. Entendam, mente é o seu espírito. A mente é a sua espiritualidade.
Vamos trazer esta abordagem para a experiência que vocês estão vivendo. Já vários de vocês que se encontram nas limitações, que chamamos de Intai. São aqueles seres humanos que deduplinaram, que passaram para um âmbito da experiência de viver a espiritualidade, a mente, em todo o seu ciclo, e este ciclo, do outros “lado”, pode representar uma grande contribuição de uns para os outros. Desta forma, se aqui há uma situação de perplexidade, do lado de lá, há uma festa, há um reencontro e há também novas possiblidades para vocês mesmos. O amor é a essência que encalça, que dirige, que orienta, que ilumina os passos de cada um. É possível, portanto, que se compreenda: sempre se balizem pela incondicionalidade do amor. A expressão, ela nos traz que o amor é a única via possível para o equilíbrio, para o entendimento, para a compreensão razoável e acessível a cada um. O amor contribui para ajudar a superar essas dificuldades, especificamente. E pode se entender que as coisas não se acabam, elas se transformam, e “do lado de lá”, simbolicamente, há os seus amores, há as suas ligações, há também a continuidade de vocês. E essa se faz baseada na experiência do amor. Paz e Amor. Agradecemos.
Agradecimentos e apresentações.
NA: Agradecemos a presença de vocês e estamos ao dispor.
X: Eu gostaria de perguntar uma coisa. Fico pensando até que ponto – vou falar na linguagem que eu sei falar – até que ponto uma pessoa que está vivendo a situação do nosso irmão aqui, essa possível passagem agora, até que ponto a gente aqui pode reter essa transformação? Isso é real? Que a gente pode segurar? Ou não? Ou é fantasia?
NA: Na realidade, no nosso ponto de vista, é o contrário. A retenção acontece do lado de lá, e não, do lado de cá. A tecnologia ajuda. Mas, se do lado de lá tivesse uma definição que a deduplinação já deve ser consumada, a tecnologia do lado de cá não fará nada. Então, se ele se mantém, é porque não há uma definição. E há a possibilidade dele retornar. Quando dizemos que não há definição, é porque há questões pendentes, e elas podem ser concluídas ou não. Depende de um ser, que nós chamamos de Ranamás. É o ser que combina com você como será a sua experiência e faz a transposição do seu espírito em seu corpo no momento da concepção. Na verdade, prepara a pessoa bem antes, para a experiência de viver, independentemente se vai viver um segundo ou 150 anos. Mas, certamente, o ser Ranamás é quem define se esta possiblidade irá se consumar.
X: A ideia de que a gente pode segurar, é um equívoco, uma ilusão, é uma pretensão.
X: No pensamento das pessoas que estão ali amorosamente ligadas a ele, né?
X: É. Porque às vezes, a gente fala que a gente que está aqui, tem que deixar, e você está dizendo que não.
NA: Certamente, se não tivesse a ajuda, a situação seria um pouco mais dramática, mas se manteria também, como acontece. Acontece de pessoas estarem bem ruins de saúde, à beira da “morte”, e não morrerem e depois até voltarem e continuarem a viver normalmente. Então, a tecnologia que é oferecida, as técnicas de manutenção, as medicações e tudo o mais, ajudam, mas não definem. Elas estão lá se a situação for permitida, retornará normalmente e pode, por incrível que pareça, independentemente da situação, se for definida pelos Ranamás, que a pessoa deve voltar normal, ela voltará normal. Caso contrário, o resultado é aquele esperado, porque há um controle do processo quando ele está na área crítica. A área crítica é uma fase de transição, ou não. Então, certamente a tecnologia ajuda, mas não é a tecnologia que define.
X: E o pensamento? Das pessoas que amam essa pessoa que está nessa fase crítica, os familiares mais próximos que por amarem, querem “segurar” a pessoa aqui, ou fazer um movimento, ao contrário, para que ela siga, isso interfere nessa relação com os Ranamás?
NA: Interfere, porque a experiência da vida não é individualizada, ela é coletiva, ela é familiar, ela é dentro de uma estrutura altruísta. É o amor incondicional. Não há uma condição. A condição é única: é ajudar, amar, servir, estar junto, proporcionar. Então, essa parte á a parte que pode influenciar os seres Ranamás. Eles não têm uma definição expressa. Essa definição acontece em tempo real, de acordo com as necessidades e possiblidades de cada um. Na medida em que os seres duplinados interagem de alguma maneira com os seres não duplinados, os seres Intai, que são aqueles “falecidos”, que estejam em paridade, estejam juntos, participando, normalmente pode haver uma reversão desse quadro. Mas, como isso não é definido, é melhor uma esperança, esperar, do que uma esperança destruída. Na medida em que se espera, também se expressa para aquele que está vivendo a situação, um grande conforto. A consciência não está ativa, mas a sensibilidade e a espiritualidade alcança, e o subsconsciente, principalmente, além da exosciência, alcançam as reações daqueles entes ligados a ele.
X: Você fala da espera, é como se nós que estamos acompanhando e aqui, talvez o que a gente pode fazer é esperar. É isso?
NA: O que vocês podem fazer é expressar para ele o amor de vocês, expressar que vocês estão com eles independentemente da situação que ele esteja. Ele irá receber essa mensagem e pode mudar a situação. Não é simplesmente esperar, é amar, é um momento de amor, é um momento de expressar, mesmo que isso tenha sido feito em outra situação, mas este momento é o momento de expressar o amor, a ligação, a força de que vocês estão juntos, de que vocês continuam seguindo juntos, independentemente da situação em que cada um se encontra. É a incondicionalidade do amor.
NA: Muitas vezes, as perguntas estão num âmbito da indefinição, mas o sentimento já diz que a dor, a expectativa demonstra uma forte ligação entre vocês. E esta ligação tem um valor tanto para aquele que está vivendo a transformação, quanto para vocês compreenderem que as coisas não terminam neste ponto. Algumas vezes, elas estão apenas começando. Então, confortar o coração no sentido de trazer um sentimento bondoso, um sentimento de amor, de emparelhamento, de acesso, de noção daquilo que é confortante, porque a transformação irá revelar novas possiblidades. Então, é preciso confiar em si, e um confiar no outro. Não há grandes fantasias para isso. É simplesmente aceitar e sentir o amor porque quando você sente e reconhece esse amor, você o espelha, o reflete, e amplia, uma pessoa para a outra, e para aquele que irá ao encontro de outros, de braços abertos, divididos pela dor de ir, e pelo amor de encontrar.
X: É confiar que o melhor para ele é o que está acontecendo, independente do nosso querer, da nossa incompreensão
NA: O querer ajuda, no mínimo, o querer impulsiona positivamente, e a ignorância de todos os seres faz parte da natureza, pois, afinal, quem é a exosciência em si? A humanidade ainda não descobriu isso.
X: A humanidade não está preparada para isso?
NA: Está, mas não descobriu ainda. Já deveria ter descoberto.
X: Pelo amor
NA:Pelo amor. Há quanto tempo nosso irmão, Jesus, nós chamamos de Sananda, trouxe, não sendo, inclusive, o primeiro, e até hoje ainda não se sabe o que é isso. Este momento é um belo momento para aprender mas para levar consigo para a experiência cotidiana: ajudar a si e ajudar aos outros. O altruísmo é a força ligadora entre os seres humanos mais necessária, especialmente, tendo-se como exemplo o que está acontecendo, o que não é novidade. Agradecemos.
Na medida de cada um, de cada uma, os passos que vamos acompanhando de vocês nos revelam uma aproximação com a luz do amor. É preciso isso, que se compreenda: as coisas não terminam, elas continuam, elas vão se transformando há milhares de anos. Todos vocês tiveram milhares de duplinações, e em cada um dessas duplinações houve e haverá transformações. As transformações são desenvolvimentos. Cada um à sua medida, cada uma à sua forma, mas é preciso amar, é preciso compreender que a luz do amor é uma referência de desenvolvimento para cada pessoa. e o eixo insciencial, ele contém em sua essência o amor incondicional. Digamos, na forma de uma semente, é você quem deve desenvolvê-la, é você que deve encontrá-la, é você que deve compreendê-la, praticá-la. Exercer a influência por meio do amor é transformar o mundo. Agradecemos. Paz e Amor.