Transmissão Gamari: Eu sou Mrat-Kaiwon, Gamari. Agradecemos a presença de todos. Vamos falar sobre presciência. Vamos fazer uma introdução baseada em algum conhecimento humano, para que haja alguma facilidade para que possamos abordar o tema em outras circunstâncias com base não humana, a posteriori. Evidentemente, o assunto ultrapassa o conhecimento humano regular atual. Iremos repor parte das informações.
O que é o processo insciencial? É o desenvolvimento da sua mente, de todo o processo de auto percepção, que gera a consciência, assim como as suas ações, a volição, as noções da existência, que chamamos de Kalamatsana. É uma área do conhecimento que já deveria ter sido muito mais explorada pelos seres humanos, relacionando-se, pois, à duplinação, à experiência da chamada encarnação. É importante porque, primeiramente, precisamos que se compreenda que há uma continuidade, tanto de antes, durante e depois do processo de inserção dimensional. Esse processo tem uma origem anterior à dimensão física, e esta origem relaciona-se aos seres Intai, que são os espíritos. Nessa dimensão não física, aparentemente, os seres Intai têm também o seu desenvolvimento e os seus relacionamentos. Eles não são diferentes em nada em relação aos processos de desenvolvimento insciencial. Dissemos insciencial relacionando com o tronco que gera a consciência. A consciência é gerada a partir de um processo relacionado à existência Kalamatsana, em que os seres vão construindo a si baseados num desenvolvimento a cada vez que são levados pelos seres Ranamás à existência física, que é essa existência que vocês estão aí agora. Podem perceber que vocês têm uma mente consciente que sabe de si mesmos e de si mesmas. Essa é a chamada dimensão de Guion. A dimensão de Guion prova que não há apenas uma dimensão física chamada de realidade. Todas as dimensões são reais. Talvez o que não seja tão real seria a própria existência. Mas isso é controverso. Vamos entender, por enquanto, que tudo é real, e que o que você vive igualmente é real. Não apenas aquilo que você toca e compartilha de meio a meio com os outros. Há muito mais coisas sendo compartilhadas sem que você saiba. O processo insciencial é, portanto, a experiência de viver através das várias formas e versões e instâncias temporais do engajamento da duplinação, ou seja, da encarnação. Vamos falar de como o processo se inicia. Ele se inicia baseado, incialmente, de que há uma possiblidade de que a sua experiência se desenvolva. Desenvolver é adquirir noção, é adquirir insciência através de uma reformulação da experiência de si, nessa existência Kalamatsana. Perceber não é só a expressão adequada. É ampliar a sua habilidade e o seu conhecimento, a sua sabedoria, o seu acesso a noções mais profundas sobre si mesmo. É preciso perceber sim, pois na medida em que não se percebe, se mantém em uma árdua ignorância. E essa ignorância acaba por não trazer benefícios nem para si, nem para outros. É possível perceber esse estado de ignorância na resultante emocional, “espiritual” e afetiva da humanidade como um todo. Mas não adianta muito olhar o todo se não se percebe a si. Perceber a si é abrir portas e janelas de caminhos múltiplos de acesso das suas habilidades, das suas possibilidades e, consequentemente também, de outros. Na medida em que se desenvolve, encontram-se novas formas de ser a si. Essa possiblidade se inicia quando o ser Ranamás, que é um ser de um outro Radash. O Radash é uma dimensão acima de todas as dimensões físicas. Os seres Ranamás, em sua infinita bondade, em sua infinita abertura e doação, entregam-se aos seres humanos para orientá-los em sua trajetória. Essa questão, portanto, se inicia no traçado que constitui aquilo que o ser Ranamás combina com aquele que irá duplinar. A duplinação é a vinda, é a encarnação. A duplinação é uma possibilidade de extrema necessidade, pois bilhões e bilhões de seres sempre buscaram essa alternativa para alcançar-se mais profundamente. Os seres Ranamás buscam em conjunto com aquele ser que irá encarnar, que irá duplinar, e combinam baseado no seu status existencial, em suas experiências anteriores, as possiblidades de uma vida a mais a ser duplinada. As combinações não são leis, não são regras, não são obrigatórias. São possibilidades de um desenvolvimento maior. E só são possíveis se houver a aceitação deste ser, o ser Intai que se transformará em ser Aintai, que são vocês. Na medida em que acontece a duplinação, há uma transformação generalizada nas condições orgânicas e existenciais do ser Intai. Ele passa por um processo incrível de transformação. E essa transformação é que irá possibilitar todos os recursos disponíveis da natureza física a serviço do seu desenvolvimento. Vamos lançar algumas palavras conhecidas da humanidade. Certamente, não é possível que, de todas as formas, as pessoas tenham experiências similares. Não é verdade. As experiências sempre são únicas. Mas, vamos elaborar, no momento, como se inicia no processo físico biológico. Não vamos detalhar algo tão complexo, nem ficar repetindo as questões já relacionadas a estudos dos seres humanos. Vamos apenas esboçar e mostrar, de forma até certo ponto inédita, como o ser Intai se aloja na estrutura física orgânica. Esse assunto já deveria ter sido debulhado há muitos e muitos e muitos anos. Mas, é necessário que se compreenda o amor para que se compreenda também porque a experiência física se faz com tanta complexidade, mas também com tanta simplicidade na forma direta de ser e de existir. Sempre aludimos que são proteínas, enzimas, marcadores, estruturas bioquímicas que realizam todo o processo para a possiblidade do engajamento do espírito no corpo físico. Então não vamos falar, por enquanto, sobre o aspecto dos centros de energia. Vamos esboçá-los entremeados com algumas alusões a substâncias. Isso é pouco falado porque não se pode haver uma comprovação especificamente porque parte da experiência é multidimensional, e está relacionada a campos de influência randômica chamada de aergia, os campos de NIR, que fazem parte do processo físico, fisiológico e, portanto, também entremeados e resultantes da bioquímica do organismo físico. Então, vamos apenas aludir que cada célula emite, a partir das mitocôndrias, fluxos, muitas vezes contínuos, muitas vezes descontínuos, de fílens, que são projeções de fótons e de exalções NIR. Estão relacionados a substâncias como heparinas, como lipídios, proteínas, enzimas, moléculas, importantes para a subsistência orgânica, para o processo de intercâmbio entre as células. Mas, certamente há momentos impressionantes nessa relação com o ser Intai e o organismo físico. Vamos partir de uma expressão que são Madás. Madás quer dizer entrada, é um portal. Madassoma é a entrada dimensional no organismo físico. E há o momento do processo de fecundação que o espírito está ali e vai com a ajuda do ser Ranamás entrar na estrutura biológica e ser, de uma forma imperiosa, confinado. A expressão “confinado” não quer dizer aprisionado contra a vontade, mas, determinadamente e de forma autóctone, aprisionado. Ele não poderá sair pela sua vontade, mas, irresistivelmente, como dizem os espíritas, será atraído para este local, que, em resumo, relaciona-se à ligação de receptores de membranas tanto do esperma quanto do óvulo. E quando este entrar neste confinamento, ele estará se posicionando diretamente em relação à estrutura existencial da vida naquela situação. Nesse caso, portanto, há o que é chamado de reação acrossômica, que na estrutura do esperma, há um conjunto de enzimas e de proteínas que deve proporcionar um engajamento, um reconhecimento tanto da espécie quanto de todo o processo necessário para que a membrana vitelínica se exponha ao conteúdo genético tanto do óvulo quanto do esperma. Glicoproteínas criam, portanto, uma série de processos para que haja uma cariogamia – é o casamento do ser espírito com o ser do corpo. E a partir daí, portanto, você terá uma convulsão de processos incrivelmente adequados ao desenvolvimento do ser. O surgimento da possibilidade Madassoma NIR, é um processo em que os centríolos do zigoto iniciam a multiplicação das células, e essa multiplicação já engaja o ser Intai em Aintai. Há uma série de questões bioquímicas relacionadas a essa possiblidade, que são, por exemplo, as espécies reativas de oxigênio. Dentre esses podemos dizer sobre vários desses processos: o dióxido de sincleto, radical hidroxila, peróxido de hidrogênio, ânion superóxido, óxido nítrico, etc., etc., através de atividades de sintases diversas. As substâncias se trabalham para engajar o ser. Portanto, o processo de oxidação orgânica é relacionado à manutenção do ser em seu organismo físico. Nós temos aí, expressos como poucas vezes foi expresso para o ser humano, a antologia da iniciação aos campos da instabilidade NIR – Madassoma, quando o ser se engaja na estrutura orgânica. O processo segue e, a partir da primeira célula duplicada, a partir da duplicação, quando os microtúbulos realizam o processo de divisão celular na mitose, você tem todo um processo insciencial, onde nasce a pré-consciência. A partir daí, há uma série de processos que iremos abordar em um futuro próximo, pois o presciente é aquele ser que está surgindo e, após o nascimento, se abre para a consciência em conjunto com o organismo físico, que, evidentemente, estrutura o desenvolvimento insciencial, levando ao desenvolvimento da consciência, em harmonia e decorrente da experiência corporal. Em harmonia e em paralelo com o objetivo insciencial, que é alcançar a exosciência. Portanto, pode se considerar que os seres humanos estão no meio do caminho. Ainda nem vislumbraram a exosciência. O meio do caminho é a consciência, o saber apenas de parte de si. Esse desenvolvimento insciencial, tão atrelado ao organismo físico, é que determina o desenvolvimento do ser insciencial Aintai. E ele se denomina Aintai a partir da revolução dessas estruturas moleculares que estão a serviço do desenvolvimento insciencial. O aspecto insciencial, portanto, não pela consciência, mas pela sua relação com esta estrutura existencial física, chamada de corpo, chamada de organismo, chamada de órgão, ela vai ser o anúncio anunciador dos processos de saúde e de desenvolvimento, trazendo para o ser suas possiblidades de equilíbrio. O equilíbrio é o ser saber de si e orientar a si. Uma das bases desse processo é descobrir a si. É encontrar em seu eixo insciencial o amor que existe em sua existência Kalamatsana. É emparelhar-se com a incondicionalidade desse amor. É encontrar-se por meio do que é chamado de equilíbrio. Desenvolver a si, especialmente confiando em si. Essa trajetória básica do ser insciencial é que produz e enfrenta todos os seus dilemas existenciais, que estão na base de suas possiblidades suirsômicas, que é aquilo que o ser deve fazer em sua existência para ser sempre melhor do que já foi. Agradecemos. Paz e Amor. Mnahrkiwon.
Grupo: Muito grata pela palestra. Se essa célula que se divide dá origem a dois embriões, a duas crianças que nascerão, qual a ligação entre elas como Intai e como combinado com seus Ranamás. Cada uma terá seus combinados com o Ranamás?
Mrat-Kaiwon: Cada um terá o seu combinado, e diga-se de passagem, os Ranamás costumam fazer um conselho de 3 ou 4, no máximo 5 Ranamás, e um desses Ranamás é escolhido. Na verdade, não há escolha de um para o outro, mas se voluntaria para ser responsável por aquele ser. E daí, ele irá combinar separadamente ambos, e, independentemente da experiência anterior, sempre quando há gêmeos, trigêmeos, etc., há ou um grande amor ou um grande ódio. E a experiência Aintai será um convite para o desenvolvimento em relação àquelas situações comuns e interligadas entre eles, podendo gerar outras experiências de duplinação no mesmo grupo. Mas são separadamente cada um com o seu Ranamás.
Grupo: Tem uma experiência muito linda de uma amiga artista que perdeu a sua irmã gêmea, que não chegou a nascer. Isso, agora que ela está conseguindo trabalhar, depois de mais de 50 anos.
Mrat-Kaiwon: Certamente encontrará o equilíbrio e teve a todo momento a assistência da sua irmã.
Grupo: Vou fazer uma pergunta de uma palestra anterior sobre os planetas invisíveis. Dede essa época eu tive uma curiosidade sobre o que foi colocado: tem um planeta que serve de casa para os seres orientais. Por que isso?
Mrat-Kaiwon: Pelas características dos seres orientais e pela quantidade.
Grupo: Mas há uma mistura, independente desse planeta invisível? Em outros planetas, orientais e não orientais?
Mrat-Kaiwon: Há sim. Sempre há. Mas é comum, assim como acontece com os seres Aitai, os seres Intai se juntarem por afinidade. Formarem grupos afins. Também sempre há aqueles que querem fugir das suas afinidades, buscando novas possibilidades. A minoria. A maioria se junta pelas afinidades.
Grupo: Entendi. E existe outro planeta com essa mesma característica, ou é mesmo uma questão mesmo da quantidade de orientais que fez acontecer isso?
NA: Existem muitos. Nós citamos alguns.
Grupo: Sim, mas, por exemplo com relação ao povo negro.
Mrat-Kaiwon: Abanaitchi é um desses. É o maior deles, relacionado à população negra.
Grupo: Um amigo deduplinou nesta semana e gostaria queria saber como foi a recepção dele. Foi o Dirceu Cheib.
Mrat-Kaiwon: A recepção foi normal. Ele recebido inclusive por alguns que o conheciam daqui da família. Mais especificamente, de avós maternos.
Grupo: Boa tarde, eu gostaria de 2 perguntas. Fiquei confusa sobre o planeta onde está o povo negro. Eu pensei que quando fôssemos Intai, não teríamos cor. Então, fiquei agora em dúvida se nós nos separamos por afinidade em locais diferentes.
Mrat-Kaiwon: Muito bem. Certamente, não há Intais Negros, ou de olhos puxados, gordos ou magros, a priori. Mas o que é cada um em sua especificidade, senão aquilo que representa em sua própria insciência, em sua própria mente? O ser humano, na sua experiência humana, quando deduplina, ele continua o mesmo ser. Ele continua a sua experiência, ele continua o seu processo. Certamente irá se abrir na medida em que suas possibilidades permitirem. Ele irá se expandir na medida em que o seu desenvolvimento permitir. Mas, pode se considerar até mesmo em suas características familiares, exigindo encontrar do “outro lado”, aquilo que esperaria encontrar. Certamente, não irá encontrar exatamente o que procura. E irá perceber quão mais extensa é a realidade, que vai perdendo a forma física na medida em que o tempo agir. Então, a afinidade, ela é existêncial.
Grupo: E é temporária também.
Mrat-Kaiwon: Para alguns pode ser temporário. Para a maioria parece perdurar muito.
Grupo: Mas as pessoas, quando elas deduplinam… Os espíritas falam que nós temos colônias em volta do planeta. Essas colônias, elas existem, não é? Não são necessariamente outros planetas, para onde a gente vai quando deduplina, né?….
NA: Esses planetas invisíveis, a expressão invisível é exatamente porque não é um planeta físico. São agrupamentos de seres, que podem estar em um lugar físico, ou podem estar no espaço, numa densidade eletromagnética ou em um campo NIR mais denso.
Grupo: Então, os planetas invisíveis seria o que os espíritas chamam de colônias espirituais?
Mrat-Kaiwon: A expressão “colônia” não é adequada no nosso entendimento, porque a colônia pressupõe alguém que está indo para um lugar a explorar ou a ser explorado, na experiência humana. Como estamos falando de seres humanos, a questão da colônia é controversa. São agrupamentos diversos de toda espécie. Alguns com bilhões de seres e outros com meia dúzia.
Grupo: Em volta da Terra tem?
Mrat-Kaiwon: Muitos. Inclusive alguns em volta da Terra são considerados uma base pré duplinação. Ou ao contrário. Uma base receptiva, de acolhimento. E perto de outros planetas também.
Grupo: Muito obrigada, muito grata.
Grupo: Boa tarde. Tenho uma questão com relação à minha memória. Depois que eu fiz a quimioterapia, ela piorou muito. Eu tenho uma dificuldade enorme com a memória. Eu simplesmente esqueço e uma dificuldade muito grande de concentração. Existe algum exercício que eu possa fazer para melhorar isso? Me atrapalha muito no meu dia a dia.
Mrat-Kaiwon: Todo processo de memória, podemos dizer que tem 3 referências que são essenciais, ou seja, fazem parte de uma possibilidade que pode ser generalizada. Uma é a estrutura física. Se há algum problema na estrutura física, isso pode afetar a estrutura e a viabilidade da memória. Outra é o processo insciencial. Quando ele tem alguns distúrbios psíquicos, ele também pode se dissociar da estrutura física e trazer problemas relacionados ao processo de memória. A outra é a rede idárica de memória, que é toda a memória que não se perde. Assim sendo, isso abre uma possiblidade para as terapêuticas relacionadas ao desenvolvimento de memória. Aconselhamos que estude sobre memória e que possa fazer toda espécie de processo de associação do corpo com experiências de memória. Ou seja, exercite a sua memória o tempo todo, e ela estará fazendo novas ligações de memória. Você poderá utilizá-las na medida em que elas se desenvolverem.
Grupo: Você consegue ver se há algo de errado em mim?
Mrat-Kaiwon: Podemos fazer uma tentativa, pois isso depende de uma invasão na sua estrutura física. Você permite?
Grupo: Permito
Mrat-Kaiwon: Vamos ver. Podemos falar duas coisas: há uma certa parte, a parte inferior do hipocampo que foi afetada pelo tratamento, e há também resultantes de experiências anteriores relacionadas a estudo ou memória, que podem trazer dificuldades. Mas podemos perceber que há áreas preservadas. Então, reforço o que eu disse antes, se você treinar de forma associada. Em outro momento poderemos fazer um grupo de exemplos que talvez você mesma possa desenvolver.
Grupo: Então, mesmo essa parte que foi afetada, fazendo esse trabalho, há essa possibilidade de eu conseguir resgatar.
Mrat-Kaiwon: Há, porque ela não é tão extensa, Não vamos detalhar porque não invadimos muito. Só um pouco para verificar. Então, é possível. Primeiro, a sua confiança está um pouco abalada em relação aos efeitos. Reconstrua essa confiança e retrabalhe também como desenvolver associações de processos de memória. Jogos de memória, desenhar com as duas mãos, escrever com as duas mãos, falar ao contrário. Lembrar de frases que você possa estimular, mais para o lado esquerdo do que para o lado direito. Então afeta um pouco a linguagem, na área de Brocat, nessa área mais na parte inferior do hipocampo. Tem um reflexo que pode ser retrabalhado, com movimentos, dança, equilíbrio. Suba em cima daquelas fitas, para ajudar o seu equilíbrio. Faça os exercícios de pina que também podem ajudar. Lembre de sequencia de números, nome de pessoas. Faça coleções de rostos, procure misturá-los e lembrar de quem são, etc.
Grupo: Muito obrigada
Grupo: Kaiwon, Paz e Amor. Voltando na conversa da Júnia. São duas perguntas. Queria que você falasse dos povos indígenas do Brasil. Eles também têm esse lugar específico para onde eles vão?
Mrat-Kaiwon: Sim. Têm sim.
Grupo: E acontece deles também ficarem juntos com outros seres, ou eles ficam só nesse lugar?
Mrat-Kaiwon: Não. Isso é de cada um. Cada pessoa escolhe o que fazer.
Grupo: Então, um ser que vem como indígena, ele pode depois na rota dele, na existência Kalamatsana, ele pode vir como outro ser, sem ser indígena?
Mrat-Kaiwon: Pode. Depende do que é determinado com ele.
Grupo: Qual é o objetivo dele vir como indígena? Você pode falar?
Mrat-Kaiwon: Também é pessoal, mas pode ser tanto o desenvolvimento dos seus familiares e outros indígenas, quanto o desenvolvimento de si, naquele contexto. É pessoal.
Grupo: Então, não é nada específico. Seria igual a gente mesmo.
Mrat-Kaiwon: Não há pressuirsomas, ou seja, algo definido antes de qualquer coisa em relação aos grupos e tipos de pessoas. Tudo é individualizado. O ser Ranamás analisa a situação de cada um, esse conselho define com aquele ser Intai, e ele vai para onde precisa ir. Não tem nada pré-estipulado não.
Grupo: Essa minha pergunta foi porque eles têm um desenvolvimento espiritual bem diferente do que a gente tem. Eles têm um convívio muito próximo, muito íntimo com a natureza. Eu fiquei pensando nisso.
Mrat-Kaiwon: Certo. Mas, isso não define o seu suirsoma.
Grupo: Achei que definisse alguma coisa.
Mrat-Kaiwon: O que define são as suas próprias possibilidades.
Grupo: De desenvolvimento, né?
Mrat-Kaiwon: Isso.
Grupo: Outra coisa que eu queria saber é a respeito de gêmeos. Nós tivemos um caso muito recente, na minha família, tem menos de um mês, de gêmeos. Um foi assassinado e o outro, menos de um mês depois, ele se suicidou porque não conseguiu ficar sem o irmão. Num caso desse, queria que você me explicasse melhor, porque foi uma situação tão traumática. Seria um caso em que eles vieram com muito amor e não conseguiram cumprir isso?
Mrat-Kaiwon: Nós dissemos que “ou muito amor ou muito ódio”. Mas, não podemos definir isso para você, porque a experiência de cada ser, para nós, é um processo que não invadimos. Podemos dizer que há muitas possiblidades quando acontecem questões traumáticas ou suirsomas que terminam em processos violentos, ou coisas assim. Mas, podemos dizer que há evidências pelo que você está falando, de serem experiências anteriores, baseadas em algum conflito. Provavelmente, um amava e o outro não amava. Esse “não amava” é muito superficial. Mas, as experiências são diversas. Não se pode nem se deve contextualizá-las para explicá-las. Seria reduzir a um simplismo injusto. É importante que se compreenda à luz do amor. A luz do amor é respeitar cada um em sua experiência e deixar que as experiências diluam as dores ou os excessos de cada um. Os gêmeos, muitas vezes, são entendidos como semelhantes. Apenas na aparência ou em algumas questões específicas, mas como todos, são muito diferentes. E cada um tem a sua própria trajetória, a sua própria rota, a sua própria existência Kalamatsana.
Grupo: Muito obrigada, Kaiwon. Gratidão.
Grupo: Queria perguntar sobre o exercício da água com a essência de hortelã, que o Shamir nos ensinou. Eu achei que melhorou a minha memória. Se seria o caso de a Ariela praticar esse exercício.
Mrat-Kaiwon: É o caso sim. Porque estimula inclusive áreas mais anteriores.
Grupo: Eu tenho só uma dúvida sobre ele. Primeiro a gente toma um gole de água, depois cheira a essência com o nariz e a boca semiabertos. Depois, pelo nariz, de lado – tampa uma narina, né? – fecha a essência e lembra do cheiro dela, tampando uma da narinas e depois tampando a outra. Não é isso?
Mrat-Kaiwon: Exatamente isso. Para que possa, inclusive, não confundir com o próprio cheiro.
Grupo: E quando esfregar as mãos, colocar as mãos em concha e depois afastar.
Mrat-Kaiwon: Isso. Muito bem.
Grupo: Ótimo. Queria fazer uma revisão para passar para a Ariela. Muito grata.
Grupo: Boa tarde. Minha pergunta também tem relação com essas práticas de memória. São 2 coisas. Uma com relação a esse exercício com hortelã. Eu pensei, inclusive, numa amiga que está com um problema em função da Covid, de perda de paladar. E eu fiquei pensando se essa prática também pode trabalhar olfato, essa memória olfativa. Se ela estimula a memória sensorial do paladar e do olfato. Se poderia ser aplicada também para isso.
Mrat-Kaiwon: Pode ser. Até porque, no caso da Covid, a experiência que a pessoa vive relaciona-se a uma disfunção local, praticamente. Não há uma destruição interna dos nervos olfativos, a priori.
Grupo: Ótimo. Há um tempo atrás, não me lembro exatamente qual era o contexto, mas em relação a uma das perguntas que eu fiz, vocês disseram que para a memória – estávamos falando de pessoas com Alzheimer – atividades que trazem prazer. Me lembro que esse resgate do prazer auxiliaria. Coisas que trazem memórias de prazer facilitam o processo de ajuste de memória. Isso se aplica também, por exemplo, eu posso fazer esses jogos, escrever com as mãos bilateralmente, de trás para a frente. Mas, se eu associo isso com uma situação prazerosa, isso potencializa o exercício?
Mrat-Kaiwon: Potencializa. O processo de motivação, de associação, ele é aumentado quando você tem interesse e prazer.
Grupo: Boa noite, irmão Gamari. Muito grata. Eu tenho pedidos para fazer. Um é para continuar o acompanhamento lá no processo do meu pai e para todos nós. Principalmente minha irmã, que é quem fica mais com ele. Outra coisa: hoje foi falado muito sobre gêmeos, e me lembrei de um aluno, e não é coincidência porque os assuntos são muito parecidos. Ele perdeu o pai, que se suicidou quando ele era criança. Depois, um irmão mais velho, logo depois do pai. E há 1 ano e pouco atrás, logo que começou a pandemia, o irmão gêmeo dele também suicidou. Então são 3 casos na mesma família. Ele faz tratamento, acompanhamento psiquiátrico, e o Yoga está auxiliando. Eu tenho um cuidado especial com ele, mas eu queria saber se tem mais alguma orientação, mais algo que eu pudesse fazer por ele.
Mrat-Kaiwon: Ajudá-lo a perceber seu amor íntimo. Sugiro que você procure a Glaura, que houve uma transmissão de um exercício que pode ser útil nesse caso. E, para quem tiver interesse também, ela pode explicar.
Grupo: Ótimo. Eu faço alguns Pinas com ele, de vez em quando.
Mrat-Kaiwon: É muito bom, porque a iluminação do amor é perceber a si com amor.
Grupo: Sim. Vou procurar a Glaura para ver esse exercício. E conto com o acompanhamento de vocês. Muito grata.
Grupo: Eu gostaria de saber se o que você disse sobre “a existência não é real”, num momento do texto, quer dizer que a existência pode se dar de diferentes formas em diferentes Radashes, dimensões, e que ela não é real como a gente conhece, digamos.
Mrat-Kaiwon: É isso mesmo.
Grupo: Então, por exemplo, se eu for procurar vida em Marte, e for com o conceito de vida da Terra, eu não vou encontrar nada.
Mrat-Kaiwon: Possivelmente. É o que vai acontecer. Você vai encontrar micro-organismos.
Grupo: Sim, mas existência, como você diz que não é real, o que exatamente você quis dizer?
Mrat-Kaiwon: Isso que você falou, literalmente.
Grupo: Muito grata. Sintonia. Paridade.
Mrat-Kaiwon: Muito bom. É isso mesmo. Sintonia, paridade, reconhecimento. Expansão mental, conceitual. Portanto, expansão existencial Kalamatsana.
Mrat-Kaiwon: Agradecemos. Vamos pensar que a partir de agora vamos incluir nas noções do processo insciencial humano, esta noção de como o ser se confina no organismo físico. É possível perceber que há na natureza um profundo e incondicional amor, pois receber a existência de uma dimensão para outra, numa estrutura natural, há de se pensar que há sempre algo além. Certamente, esta noção, ela é muito variada. Ela não é única. Ela é diversa, ela é cheia de fantasias, é cheia de novas questões que a cada instante podem ser reveladas. É possível perceber em si, em sua profundidade existencial que há um poder latente de perceber a si. Essa percepção precisa ser ampliada, precisa ser alcançada. Há muitas formas de alcançá-la, mas a forma mais poderosa é por meio da incondicionalidade do amor. Assim como a natureza física recebe o ser Intai em sua energia NIR, em sua existência eletromagnética, também a desenvolve e proporciona perceber e saber de si. Isto é a grande maravilha da existência humana, e de muitos outros seres pelos diversos universos afora. O amor é uma condição única. Por isso, incondicional. Creia em seu ser, creia em sua luz. Pratique consigo e com os outros o amor. O amor incondicional não é doar-se sem poder doar-se. É aceitar-se sem poder compreender-se. É alcançar todos os seus limites e extrapolá-los. Encontre a si e encontrará aos outros. Encontre aos outros e encontrará a si. É a luz do amor. Paz e Amor. Mnahrkiwon. Agradecemos. As águas estão energizadas. Paz e Amor.