Paz e Amor.
Vamos continuar falando sobre a mente. Quando se tem determinado objeto, estar perto deste objeto é obviamente, em uma menor distância, ao contrário, estará longe. Mas, em relação à mente, nem sempre o mesmo acontece. Estar perto de algo requer diversos conceitos e entendimentos e a distância parece ser figurativa, certamente, à experiência corporal administrada pela mente e pela sensciência e insciência, dando origem, através do corpo, à consciência. Há uma influência metafórica de um lado para o outro, isto é, da mente para o corpo, do corpo para a mente. É possível considerar que esteja perto de algo, estando distante. Ou considerar que se esteja distante, estando perto. Considerar que se está perto, estando perto, ainda assim guardam-se considerações acerca do que mentalmente possa ser perto e longe. Queremos fazer duas considerações. À medida que a consciência transforma-se, aproximando, a experiência insciente do ser duplinado, a priori, dá origem ao inconsciente, considerando aspectos do desenvolvimento corporal, fisiológico, orgânico; considerando-se ainda a relação mente-corpo, mente-outros-externos-ao-corpo; e ainda considerando que a relação social também exerce influência direta na formação tanto da mente quanto do corpo. Dois aspectos que vamos abordar relacionam-se a características que podem ser induzidas e a características que podem ser transformadas. A indução é da experiência da reprodução, da imitação, e da forma usada para a comunicação, por exemplo, como a linguagem. Da transformação são as recriações e as diferenças individuais. Ambos os sistemas influenciam para o entendimento do ser em sua relação consigo mesmo e com os outros. Então, chamamos a atenção para um aspecto comum dessas duas formas, que se relaciona à fé, entendendo-se a fé como no senso comum, como algo em que se acredita. Não vamos reelaborar essa ideia, até porque apresenta muitas dúvidas. Então, ficaremos mais na superfície para dizermos e estabelecermos que a influência daquilo que se crê nos processos mentais e corporais, esta influência é altamente relevante para a transformação ou para o desenvolvimento de habilidades, ou de compreensões sobre a mente, isto é, a sua mente, e o seu corpo. É possível que ao prestar-se atenção a si próprio ou a si própria, possam tirar conclusões acerca de si mesmas, ou de si mesmos. Mas, é essencial que se diga que os distanciamentos relacionam-se com aquilo que crê. Metaforicamente, a confiança relaciona-se ao espaço e o movimento de crer e ignorar a distância no espaço. O espaço metafórico da mente relaciona-se ainda à consciência. O tempo se dilui, aumenta-se ou diminui. À medida que crer em seus movimentos de auto-confiança, estabelecem-se referências de distanciamento mental. Perto pode relacionar-se à fé em algo, à confiança em si. Distante, pode relacionar-se a distanciamento. Não confiar é distanciamento. Confiar é proximidade, dando à consciência noção de perto e longe. Os níveis, portanto, de concepção sobre perto e longe em relação à mente, nem sempre são associados à consciência ou à confiança. Então, estabelecemos este parâmetro como exemplo dos sistemas citados. Paz e Amor. Paz e Amor.
Grupo: A fé traria proximidade e isso tudo é em Ídar?
NA: Sim. Em Ídar, mas a questão em Ídar não é relevante para se compreender a relação entre o que se crê e os distanciamentos mentais entre objetos, situações, processos diversos e até mesmo entre os objetos, ou entre os seres. Vamos dedicar, em um certo momento, à questão Ídar, Éfler-Ídar, e o ambiente material. As questões colocadas relacionam-se a como cada um se entende. E entre um e outro, há grandes diferenças e que as noções de proximidade e distanciamento são deterioradas em função da relação que se cria, tanto corporalmente, quanto mentalmente. Nesse sentido, você tem razão em citar Ídar porque parte da diferença se deve em não haver incronização física, mas incronização de ressonâncias. E isso acontece em Ídar, do ponto de vista da “alocação” da mente em relação ao processamento dessas informações. Essas informações são as relações criadas pela mente para processar o sentido e as tabelas de processos necessários para trazer à luz da consciência. As tabelas que estamos citando são referências de memória. Pois, afinal, não se consegue dizer sobre si sem se utilizar memória. Para se crer é preciso lembrar. Então, os aspectos mnemônicos são intrínsecos aos processos mentais e só podem ser compreendidos como unidades coadjuvantes, co-inseridas, formando estruturas de sentido. Esses aspectos mentais estão sendo altamente estudados pelos humanos, especialmente no âmbito de suas linguagens. Adicionalmente, estamos tratando de questões mentais mais simples e de interesse mais imediato. Por isso, não estamos aprofundando em algumas dessas dúvidas. Entenda-se, portanto, a influência a priori das orientações da vontade em relação à confiança. Paz e Amor.
Grupo: Da vez passada você falava das densidades. Me chamou atenção a questão da densidade variada das mentes. Essa densidade que você citou, ela tem a ver com níveis energéticos que a pessoa está processando, ou de alguma vivência que ela tem? Hoje, me veio se esta densidade tem a ver com as distâncias e afastamentos.
NA: Quanto às densidades, quanto aos outros parâmetros que descrevem a forma ou aspecto físico ou supra-físico da mente humana, certamente não são físicos, como as descrições. Pois, trata-se de aspecto aparentes que revelam essencialmente o potencial transmitido por cada um para os demais. Uma mente muito densa, por exemplo, não quer dizer que a pessoa encontra-se acima do peso. Mas, que ela tem e expressa dificuldade em sustentar o seu volume mental, principalmente em relação à integridade de sua estrutura mental. É como se um excesso de peso forçasse uma parede imaginária em torno do ambiente físico mental, expresso por tal sujeito, ou pessoa. Não sendo físico, ou sendo em outro aspecto, essa densidade demonstra um sobrepeso sobre as suas qualidades mentais. As analogias são essenciais para explicarmos o que percebemos diferentemente do que vocês percebem. E são úteis para avançarmos numa concepção aberta às diferenças, principalmente, porque deve confiar em si mesma. Do contrário, não teria o suporte adequado para tal situação, ignorando como função ou como sentido, sendo a utilidade da questão ter-se mais recursos analíticos sobre si próprios ou si próprias. Um (assunto) guarda diversas relações com o outro. Paz e Amor.
Grupo: Esse exercício do padrão, que foi dado, eu percebo que ele tem a ver com uma direção que vocês sugeriram já há bastante tempo, a respeito do foco, desde aquele exercício de fazer o círculo, imaginar o foco, e depois vieram outros, estou certo nisso?
NA: Está certo. É preciso que haja alguma elaboração entre vocês, para que tenha sentido como vivenciaram e para que percebam a relação entre a experiência e diversos parâmetros que serão complementados com essa parte. O que estamos aguardando é um momento de maior encontro, para que se possam colocar uns para os outros, dando um sentido mais direto e prático, como exemplo da manipulação e do trabalho de criar, dentro de si mesmos, referências, digamos, icônicas. Algumas vezes, pode até aumentar a dúvida sobre o assunto, se colocarmos as situações para vocês. O poder da reflexão coletiva solidifica com mais eficiência a experiência individual. Paz e Amor.
Grupo: A reflexão coletiva deve ser junto com vocês?
NA: Tanto assim, quanto de outra forma, se for possível.
Grupo: Antes dos encontros, por exemplo
NA: Pode ser. Ou aquela ideia de criar encontro para isso.
Grupo: : Dúvida: nós tivemos de eliminar os papéis com as anotações. Não significa ser segredo, então? Que não possa comentar.
NA: Não. Da técnica para reativar sistemas de memória, e processos associativos decorrentes do pensamento ou da mentalização. Há várias coisas a fazer nesse sentido, mas que dependem de vocês mesmos para que possam ser integrados às discussões conosco. Inclusive, por mais simples que seja. Paz e Amor.
Seguimos, pois, elaborando sobre a mente, trazendo algum substrato para o pensamento, para o equilíbrio entre a mente e a relação entre mente e corpo. Ainda se visa fortalecerem-se as concepções de si próprios ou de si próprias para trazer a luz da consciência, refletindo situações do cotidiano, muitas vezes contraditórias ao sentido que cada um tem, tanto da vida quanto da sobrevivência. É preciso alentar-se às forças negativas que constituem, digamos, o tecido áurico da humanidade. Não apenas os fluidos do corpo expressam essas condições, mas todo o sistema e o seu funcionamento são regidos pelas condições de sobrevivência e auto-entendimento. Isto quer dizer que quando dialoga consigo próprio, lhe traz novas possibilidades de encontrar-se em meio aos emaranhados psicofísicos expressos pelas mentes, assim como pelos corpos. Cada um detém níveis diversos de novas possibilidades. Tais possibilidades também relacionam às suas forças volitivas e ao sentido que têm crer, seja num nível mais profundo e mais sub-atômico, seja num nível menos específico, ou estrelar. A luz do amor irá incidir sobre qualquer um que a conceber como resultado de si mesmo, ou de si mesma. Paz e Amor. Paz e Amor. As águas estão energizadas. Paz e Amor.