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Paz e Amor.

Os humanos aprendem muito precocemente a ser mentirosos consigo. Na medida em que artificializam a verdade, ela se transforma em objeto da conveniência, sem a margem da força do amor. Certamente, dizer na consciência que algo é ou não é o que deveria ser afirmado, não reflete a importância que a própria consciência tem para si. O amor incondicional não é incondicional por proporcionar alguma margem de dúvida. Simplesmente, é o que é. Na experiência humana, na grande maioria das situações, isto pode ser mal interpretado e imediatamente condicionado a um rompante qualquer. Diz-se que mais da metade dos seres humanos mente sem a necessidade de mentir. Isto é, sem a pressão do condicionamento. Ou, ainda, na instabilidade pormenor do desprezo. Ou seja, ainda, mente porque mente. A mentira não é algo preocupante aos olhos da existência. Primeiro, porque a existência não tem olhos. Depois, porque é tão mínimo que toda a soma da mentira reverte apenas para o âmbito das referências mnemônicas porque retraduzem o que a memória transcodifica para a consciência. E, com isso, quanto mais mentira, mais verdadeira ela se torna, de tal forma que a consciência poderá deixar de perceber. O âmbito da mentira, portanto, não é ela própria, mas, o que fica como pegadas de algo invisível que não pode ser confirmado, porque já fora falsamente, muitas vezes, imaginado. A consciência não sabe se é ou se não é. Por isso, também, talvez, possa não saber dizer a verdade. Como todo o aprendizado, em seu âmbito geral, pode estar à mercê das falsas verdades, como pode o conhecimento balizar-se pela coerência? Assim, apenas as sombras das mentiras deixam pegadas por toda parte, e não se pode dizer se está indo para o norte, para o leste, ou para o oeste. Elas vagam pela consciência, interferindo nas memórias, impondo também aos organismos, suas falsas referências. A consciência parece algo estável no interior da percepção de cada um, de si, e do resto. Mas, quando precisa de si mesma, pode avultar-se em um engano, cobrando algo acima do real. Então, o que é chamado de real? Não pelas palavras. Não pelos sentidos, mas pelo que pode a matemática dos processos de confirmação saborear a sua igualdade paritária. Com certeza, as incertezas sobrepõem-se, criando elos instáveis entre a verdade e a mentira. Não discutamos aqui se a mentira é razoavelmente limitada para poder ser exercida por uma consciência tranquila. Mas, certamente, poderá não haver nenhuma intranquilidade em exercer a falsidade. Qual é o alcance das mentiras? Tanto pode ser local, em sua caixa mental, quanto pode se estender pela história, pelo âmbito do tempo que se afirma e se justifica para fazer sentir o que interessa a alguns. As pegadas das sombras são como fumaça negra no nevoeiro que se dilui para longe, sem poder ser vista. Assim sendo, também turvam-se à consciência. O limite, portanto, e, entretanto, está em cada um. Exercer a verdade para si é tão perplexamente complexo que talvez a verdade seja a mentira. E a mentira, uma possibilidade de verdade. Não é jogo de palavra. É um valor da mentira, que se contesta em seu próprio ser, até certo ponto, pois já se diluíra fora de si, já se misturara com a fantasia, com o desejo, com a impressão, com a percepção. E, de algum ponto, tomara para si uma versão, uma versão de algo que pode ser verdade, mas pode ser mentira. Podemos perceber na iluminação mental humana, que não é bem assim para o organismo, não é bem assim para a mente insciente. As vibrações da verdade de uma experiência se mantêm íntegras diante de suas versões, mantendo-se heterogênea, mantendo-se fiel a si própria, pois, sua referência está na incondicionalidade do amor. Podemos verificar nas cores de suas vibrações que a verdade sempre, como uma luz no escuro, rompe com o seu estado de nulidade, mostrando o aspecto incondicional da verdade, e que este pode ser exercitado para anular o efeito mentiroso. O efeito mentiroso para a consciência é uma verdade, mas para o eixo sensciente, insciente íntimo, não se mistura, e se reserva na leveza da incondicionalidade do amor, permitindo à consciência que se debata para se limpar, pois não consegue perceber. Limpar o que? O amor é mais amplo e lhe permite mentir, lhe permite criar, recriar, imaginar. E, assim sendo, há formas de se desenvolver, entendendo-se que o desenvolvimento age de dentro para fora, para que na experiência de fora para dentro, seja confrontada com a luz do amor. E essa luz pode ser filtrada, trazendo a possibilidade de que a matemática da equação seja plena em sua subjetividade, mas que seja verdadeira e incondicional. Pode haver várias formas de exercitar essa incondicionalidade, como trazer para si, para a consciência, que estás a beirar a mentira. Apenas o diálogo íntimo pode equiparar-se ao equilíbrio. O equilíbrio não é inventar uma mentira, é reconhecê-la, mesmo que a pratique. E, na soma dos reconhecimentos, a natureza insciente dará à consciência o poder da incondicionalidade que, pouco a pouco, pode fazer-se baseados na incondicionalidade do amor. Isto quer dizer que tenderá a mentir menos, até sempre dizer a verdade. A realidade é aquilo que se faz. A verdade é aquilo que se reconhece na incondicionalidade do amor. Paz e Amor. Agradecemos.

Grupo: Agradecemos a vinda de todos, daqui e daí, e damos as boas-vindas, agradecendo a possibilidade de mais um encontro, desejando que seja bom.

NA: Igualmente desejamos feliz a todos.

Grupo: Que que significa a mentira? O que representa a mentira, nesse caso?

NA: representa uma necessidade de atender dois opostos. Representa voar sem voar, ser sem ser, fazer sem fazer. Representa sim quando é não; representa aceitação quando se recusa; representa dizer sim, quando se entende não. Representa fingir; representa não ser o que se diz que é. Representa representar sem atuar. Representa quantidade vazia, representa vazio, quando se está lotado. Representa ter-se em si que aprendera sem nada aprender. Paz e Amor.

Grupo: NA, eu tenho lidado muito com a questão da confiança e auto-confiança, e me perguntado quando solicitamos uma ajuda para que se melhore a autoconfiança em cada um de nós, se é um trabalho feito de nós para fora, ou um trabalho que recebe uma ajuda exterior e combina com essa interior…? Seria possível encontrar toda força necessária dentro da gente?

NA: certa vez, dizemos que o que é possível pode não ser plausível, pelo fato de que demanda exatamente o que estamos dizendo: a incondicionalidade do amor. Podemos dar um exemplo, repetindo-o. É possível você voar, simplesmente. Mas, não é plausível, porque precisa de níveis de autoconfiança, e confiança nessa possibilidade não exercitada desde a infância, não exercitada nem mesmo diante dos Ranamás, na combinação dos seus suirsomas. Queremos dizer apenas que a confiança é o que ela diz ser: ela é real o tanto quanto és real consigo. E ser real não carece de subjetividade. Carece de confiança. É como se dissesse que se pode fazer todas as coisas e apenas o olhar que tens para si já lhe impõe uma dúvida abissal. Certamente, é assim que é. Possível? É. Plausível? Depende. Paz e Amor. Podemos dizer que o exercício conduz ao aperfeiçoamento. Aquilo que queres e se baseia no amor incondicional irá se construir e atingir níveis fora da chamada normalidade humana. Isto vale para qualquer um, em qualquer idade e situação. É possível e é plausível. É possível. É plausível? Certamente, a interrogação carrega a primeira dúvida, portanto, por si, já não é mais. A experiência do amor incondicional pode ser exercitada nas pequenas certezas, nas primeiras luzes, nos âmbitos entre a verdade e a mentira. Paz e Amor.

Grupo: Agradeço.

NA: Igualmente agradecemos.

Grupo: A gente pode falar que a mentira é um dos condicionamentos da nossa existência humana, a que a gente é exposto desde criança. A gente leva isso para outros planos?

NA: Leva. Só com uma pequena diferença. Em outros planos, entre aspas, quer dizer, não duplinados, ou em outras “dimensões”, a mente insciente, ela constrói a realidade quando ela imagina, e nem sempre tem o controle do resultado. Se ela imaginar um carro, e entrar para dirigir, pode ser que não aconteça nada, o carro aparece, funciona, mas nada acontece. Aquilo que se forma na imaginação, diante de um verdadeiro conteúdo, e um conteúdo verdadeiro precisa ser vivenciado, construído, precisará de informação. Portanto, entre a imaginação e a realização, pode ou não haver mentiras e verdades, pode haver defeitos e desfeitos, ou seja, pode acontecer e pode nada se suceder. Fora da mente insciente, não havendo nenhuma espécie de “consciência” ou insciência, não haverá formas, não haverá identificações, não haverá símbolo, nem maneiras para se comunicar. Então, é preciso aprender os sistemas de onde se está. A grosso modo, há lugares que já se nasce sabendo, já se nasce? Não, já se é, sempre foi, portanto, a linguagem de um lugar onde se nasce terá dificuldade de ter consciência de quem nunca nasceu, e sempre existiu. E, desta forma, as confusões viram retóricas intricadas, sem nenhum sentido prático para vocês, por exemplo. É bom pensar e imaginar. É bom reconhecer dentro de si novas habilidades, que só poderão surgir com o exercício e a ampliação daquilo que se considera, em si, ser, e consideração depende de confiança. Se houver alguma dúvida, é verdade? É mentira? (um celular fez um som) Até que o som complementou a fala.

 

NA: Paz e Amor.

 

**** ATENDIMENTOS ***

 

Segue-se. O amor e a confiança fazem com que não seja um dilema não reconhecer a verdade, mas que seja um exercício aprender a conhecê-la, já que nem sempre se conhece qual é a verdade. À luz do amor incondicional, podem-se encontrar as pequenas verdades que estão em seu ser, em seu coração. As pequenas verdades revelam muitas grandes verdades. Seja, portanto, na incondicionalidade do amor. Agradecemos. Paz e Amor. As águas estão energizadas. Paz e Amor.