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Paz e Amor,

Atabati: Paz e Amor. Apesar de falarmos sobre a mente humana, temos a autorização e o acesso para elaborarmos sobre como desenvolver alguns aspectos sobre a mente humana. Digamos que a mente humana é alvo de nossa compreensão, e somente vocês, seres humanos, podem confirmar aquilo que iremos expor. O objetivo neste encontro é sobre os objetos de Guion. Como já exposto algumas vezes, objetos de Guion é tudo aquilo que está ao alcance perceptivo, sensorial, mental, insciencial na mente de cada um dos seres humanos. Nossos processos são diferentes. Mas, guardam a semelhança de estar concentrada na relação corporal-mental do órgão cerebral localizado no crânio, como também em nosso caso. Temos diferenciações funcionais, mas em resumo, há grandes semelhanças no processamento biológico insciencial. Vamos partir desse aspecto, porque a mente humana é embasada no processo corporal insciencial. Nós usamos uma expressão que é “atér”, como um âmbito da compreensão do escopo de uma coisa com outra. Normalmente colocamos três traços, um em cima do outro, para designar a relação de uma coisa com outra. E a mente, ela é construída essencialmente na base de uma relação de paridade de uma coisa com outra. Aparece aí, portanto, a expressão paridade. Ela é básica para o processo mental insciencial de Guion. Como todos já sabem, Guion é simplesmente o sinônimo para a relação consciencial que acontece na mente humana. Uma relação, ela precisa ser consciencial porque ela precisa saber de si, resumidamente. Certamente, há muitas elaborações sobre a consciência. Essas elaborações estabelecem um determinado nível de controle daquele que se mantém consciente de suas ações. Há muitas elaborações acerca dos processos que definem o que é, portanto, a consciência. Não vamos, neste momento, elaborar isso porque vamos, algo anterior, definir o que são objetos dessa mente, objetos dessa consciência. Como estamos lidando com o processo de duplinação, o ser duplinado – portanto não elaboraremos se ele não estiver duplinado – precisaremos, sim, pensar sobre as consequências da duplinação. É preciso que se compreenda que o desenvolvimento da consciência é estabelecido em paralelo, em concordância, em coadjução, com o processo da duplinação. Duplinação e consciência são desenvolvidos a partir da experiência corporal. Esta relação que é estabelecida pela experiência da duplinação. A relação entre o sucesso consciencial e os objetivos corporais da duplinação determina os níveis de desenvolvimento subsequentes, ou seja, decorrentes, e consequentes da experiência da duplinação. Essa relação precisa ficar bem estabelecida. É o desenvolvimento corporal contíguo, na mesma faixa de procedimentos corporais orgânicos, que possibilita o acesso consciencial. Vamos agora estabelecer o que seriam os objetos deste processo. Repetindo: esse processo é a experiência Guion.

Um passo atrás seria: o que é Guion? É importante que se tenha certeza sobre o que estamos falando. E esta relação deve definir e ajudar a compreender porque há processos retóricos que levam à confusão da compreensão dessas definições. Então, vamos lá. A dimensão de Guion, ela é uma dimensão de paridade. Isso quer dizer que ela experimenta o acerto. Ela se utiliza de chaves de confirmação. As chaves de confirmação são processos orgânicos de paridade, sejam bioquímicos, sejam inscienciais bioquímicos, sejam processos funcionais orgânicos do tipo que comporta respostas para se fixarem. É o exemplo dos processos enzimáticos do DNA, das proteínas. Há um diálogo proteico que estabelece referências de paridade. Ao mesmo tempo, o processo está intimamente relacionado ao diálogo insciencial. Veja. você tem um nível estabelecido do ser insciencial. Se ele não existir, não há diálogo. Se não houver diálogo o corpo pode ser entendido como uma mônada, como algo inerte subjugado a uma natureza dependente do diálogo. A estrutura proteica enzimática, ela é insciencialmente dialógica. Ao contrário do que muitos cientistas humanos possam julgar, ela não é uma pirâmide de cima para baixo, que ordena. Não. Ela é dialógica. Ela pergunta, ela responde, ela procura, ela encontra soluções para as questões do diálogo insciencial orgânico. Muito bem. Esse nível de questão estabelece que há um surgimento somático, psicossomático. Essa relação psicossomática, ou seja, da “alma” para o corpo, do corpo para a “alma”, estabelece a relação de desenvolvimento. Por que? Depende das respostas orgânicas e das respostas e perguntas inscienciais. Há uma relação dialógica entre o ser insciencial e o ser corporal, orgânico. Imagina-se aí o alto nível de complexidade dessas regras estabelecidas pela natureza espiralar. Por que espiralar? Por que avança perguntando e testando. Quando uma relação biunívoca de paridade não é concordante, ela tenderá a dar uma resposta, tanto do ponto de vista orgânico, quanto do ponto de vista insciencial. Diz-se aí que nós temos um Soma Guion. Muito bem. A relação uma vez estabelecida, pode-se dizer que, se há diálogo, há algum nível insciencial ativo. O nível insciencial ativo é uma resposta de paridade. A resposta de paridade proporciona ativar funções. Ativar funções é estabelecer a existência Kalamatsana entre um nível insciencial e o fator vital correspondente do ser insciencial no corpo, ou seja, em processo de duplinação. Muito bem. Fica estabelecido que a mente é um processo da duplinação resultante da relação insciencial com o organismo físico. Ela surge deste processo. Ela estabelece uma relação a partir de ferramentas e instrumentos funcionais, como é o caso da memória. Veja que a estrutura insciencial funcional do corpo é a memória. A estrutura funcional do corpo insciencial é a memória. A memória tanto é instrumento quanto é ferramenta, pois estabelece padrões de resposta. A memória faz parte do processo de paridade. A memória estabelece uma relação de correspondência. Se ela desaparecer, ela não estabelece mais essa relação. E, portanto, deixa de trazer a possibilidade consciencial. Vamos compreender que o “con” da consciência, mesmo que ele não tenha essa função léxica tão explícita, nós a explicitaremos: consciência, conjugamento e relação de correlação, relação de paridade. A paridade é estabelecer que aquilo encaixa no aquilo outro. E esse encaixe passa a ter uma relação de reconhecimento. Isso é estabelecido no primeiro nível funcional insciencial, e arquivado em memória. São trilhões de funções arquimanejadas, isto é, estabelecidas em matrizes, porque acontecem de forma autônoma e em toda a estrutura corporal insciencial. É a partir desse elemento de reconhecimento, a paridade e a memória, que surge no horizonte Kalamatsana a dimensão mental. Ela surge dessa relação. Ela não existe sem essas relações. A profundidade orgânica da memória, como instrumento consciencial, é muito extensa. E é tanto orgânica quanto insciencial. A grosso modo, tanto é do corpo quanto do espírito. E ambas, separadas, representam outros fatores não conscienciais. É preciso compreender isso, o primeiro objeto de Guion é a memória. A memória é um objeto. A memória não é só um processo de lembrança. Ela é o próprio processo de existência. Se você sabe que você existe deve isso ao objeto de Guion, a memória. Mas a memória precisa de um suporte. Esse suporte acontece num primeiro momento por força do ser insciencial, pois o corpo físico não tem autonomia. Se deixá-lo sem o ser insciencial, ele irá viver até morrer. Curiosa a frase. Ou seja, ele estará vivo até as suas energias de auto controle dominarem a si, e nada mais farão. A experiência insciencial é todo o impulso transformador do ser corporal, da matéria física organizada em estruturas, milhares, milhões de perguntas e respostas. São N matrizes simultâneas auto correspondentes em cada célula existencial. Seja tocada pelo processo insciencial, ela irá reagir em resposta. E essa resposta se soma a outra resposta, que se soma a outra resposta, e que se somam como uma resposta. As respostas insciencias. Esses também são objetos de Guion. Compreendam que os objetos de Guion são processos. Eles não são objetos como uma bola. Eles são processos que a mente, quando se forma em seu ser e transborda-se de reações quaisquer, está lidando com as suas possibilidades de movimento. Do movimento ao reconhecimento. Do reconhecimento ao desenvolvimento. Do desenvolvimento ao re-reconhecimento. E deste, retorna para a sua base existencial, sabendo de si. O processo consciencial, que é um processo intimamente ligado aos objetos de Guion, e ligado, portanto, à duplinação. Todo processo de duplinação é construído para servir à existência do ser em sua consciência. Agora, vamos lembrar que, em um dos encontros que foi dito sobre os objetos de Guion, o exemplo da impressão que se tem de Ídar quando se unia as mãos, e depois que se percebesse a película supostamente relacionada a Ídar, e depois dessa parte, a tentativa de enxergar um objeto de Guion, o Cristal de Guion. O Cristal de Guion é tão real quanto uma pedra que se pega em suas mãos. Da mesma forma que é possível sentir o peso da pedra, a temperatura, a porosidade e a forma, a mente é capaz de construir processos genuinamente reais. Mas aí vem o outro aspecto que é tido como objeto de Guion: a confiança. Quando você confia que algo é verdadeiro, você estabelece uma relação de possibilidades extremamente amplas e, muitas vezes, o impossível tecnicamente se torna o trivial real. É preciso que se compreenda, portanto, que, ao se lidar com algo, como por exemplo, algo que se aprende – aqui nós temos muitos músicos – e os músicos começam de um nada que deve surgir na mente em algum momento para fazer sentido, pois no começo aquilo não tem nenhuma resistência às vezes. O exemplo é que você vai trabalhando, pouco a pouco, a sua mente, para que ela compreenda, para ela entenda, para que ela aprenda, para que ela apreenda de tal maneira que aquilo se torna real. E, por incrível que pareça, torna-se real para você que está fazendo, digamos, um treinamento. Essa situação de treinamento nós chamamos de SANIR. Sanir é treinar, mas treinar para fazer existir. Sanir. A proposta de fazer surgir um cristal é trazer as possibilidades dos processos mentais para sanir uma bola de cristal. Sanir é construir real, construir a realidade. Ela pode ser física e ela pode ser mental. As realidades físicas não existem sem as suas compreensões chamadas de espelhos. São os seus espelhos mentais. É preciso sanir a realidade para que ela passe a ser considerada através dos objetos mentais, como é a confiança, a memória. Você vai lembrar, você vai saber, e poderá até medir, O exercício que se propôs foi que se fizesse uma bola de cristal. É preciso sanir. Muitas vezes, sanir pode parecer aquele sujeito maluco que fica sozinho conversando com as suas mãos, conversando com a sua imaginação. Sanir é isso: construir mentalmente. Construir Guion. Construir em Guion. Sanir: construir em Guion. Quando você escuta um acorde, e fala que ele é com 7ª, com 9ª, maior, menor, com 5 diminuta ou 4 aumentada, você está estabelecendo relações mentais. Elas não existem fisicamente. É preciso que elas estejam dentro de vocês para vocês percebê-las. É preciso sanir. É preciso sanir um acorde perfeito. É preciso sanir um acorde dissonante. É preciso sanir a compreensão subjetiva de um sujeito em relação a uma melodia. É preciso sanir uma forma, um espaço para formar um rosto. É preciso sanir. E sanir é algo que aparentemente não é normal. Preste atenção. Quando alguém está aprendendo, está sanindo. Está fazendo a mente estabelecer relações com os seus objetos mentais. Não se critica a própria mente, não se estabelece subjulgamentos pejorativos, porque você destrói os objetos de Guion. É preciso compreendê-los em suas formas originais. O exercício de criar a bola é um exercício de auto-observação, mas também de observação da realidade que você saniu, que você absorveu e estabeleceu como processo mental. E esse aspecto dos objetos de Guion é essencial para que compreenda como lidar com a sua própria mente. Não há regras humanas estabelecidas, a não ser em um nível sensorial superficial, do tipo: “Lembre”. Mas lembre como? Saibam, há ferramentas específicas para colar memória, para cortar memória, para ampliar memória, assim como prego, tesoura para cortar papel, para pregar madeira, para soldar aço. Estabelecer uma relação de sanir como processo mental é essencial para o seu desenvolvimento mental. Estamos estabelecendo que o processo dimensional de Guion é relacionado à duplinação, para que ele se desenvolva em paridade com o organismo físico. Processos de doenças físicas relacionam-se a relações de problemas com o seu ser insciencial, que pode estar sendo demonstrado corporalmente, pois o corpo, como instrumento insciencial, ele corresponde no mesmo nível do processo insciencial. Ele é capaz de se estabelecer como pergunta e resposta para os problemas emocionais que você tem. E se você entrar em sintonia e aprender a perguntar e a responder ao seu corpo, ele irá trazer respostas claras. Do contrário, as respostas estão no limbo, ou seja, estão escondidas suirsomicamente. Todas essas coisas em relação à consciência, ao auto reconhecimento, ao conhecimento em torno de você, da própria natureza, da sua natureza, são questões suirsômicas, são questões da existência Kalamatsana, da consciência, de saber, de reconhecer, de lembrar, de confiar, de deter o conhecimento e distribuí-lo, porque quando você distribui, você alcança. A relação entre existir e distribuir é muito grande, que é confiar em si, confiar no outro, estabelecer trocas, o conhecimento. Estabelecer quem você é dentro de você. O que você faz por si? Se não sabes fazer nada, ame. Se sabes fazer tudo, ame. A essência é incondicional, pois ela é feita daquilo que ela é. O insciencial faz o corpo ser a expressão da alma. O corpo proporciona a expressão pela sua saúde. O bem-estar é a expressão do acolhimento. Acolher é amar. E, quando você ama, você distribui. Ao distribuir, você alcança. Alcança respostas, alcança quem você é, para quê você é, para quem, como, até onde. Pois o limite é só aqui. O limite não é a eternidade, até porque se o tempo não existe, não existe a eternidade. Existe o aqui e agora, em cada momento da sua experiência de viver a vida. Se não tens nada para fazer, ame-se, respeite-se em seu silêncio, ou pense sobre você, enriqueça a sua experiência de amor, encontrando soluções para viver bem, para ajudar. Não se esconda em seu egoísmo. Ele sempre dá em um muro duro e frio. Mas a mente, quando é pesquisada, estudada e enriquecida, ela estabelece relações de desenvolvimento. Vamos, no próximo encontro falar sobre alguns objetos possíveis de serem desenvolvidos, como é esse proposto há 2 ou mais encontros atrás, sobre os objetos de Guion. O Cristal de Guion é reconhecido ao nível exosciencial. É um objeto de expressão exosciencial, pois muitos de vocês tentam mostrar esse cristal para si mesmos. O exercício pode ser um pouco ampliado quando você consegue ver o cristal e fica jogando o cristal de um lado para o outro. Ele vai vagar no espaço físico nitidamente, e nesse momento você deve alvejá-lo, olhar com atenção e memorizá-lo. Memorizá-lo é: eu confio naquilo que estou percebendo. A minha própria mente cria algo que se torna real. O auge do processo do Cristal de Guion é quando você consegue senti-lo em seus dedos. As vezes até um aroma agradável é lançado quando se toca o Cristal de Guion. O exercício é um exercício contínuo, um exercício para sanir o cristal. Ao sanir o Cristal de Guion, estará começando do princípio: a experiência de encontrar objetos na dimensão de Guion, a sua dimensão mental, a dimensão mental que plasma a experiência humana. Praticamente todos os objetos humanos são plasmados por sanir na imaginação, nos projetos, nos desenhos de todos os objetos que se constrói. Antes, ele é sanido, os objetos, para depois serem transmigrados para a realidade física. Isso não é simplesmente uma retórica, até porque as palavras também são sanidas da mente Guion. Agradecemos. Paz e Amor. Paz e Amor.

Grupo: Fiquei intrigado com essa última colocação, de  todos os objetos serem sanidos, e até as palavras. E você falou que não é retórica. Em qual nível? Aonde eles são sanidos?

QA: Na construção dos objetos. Por exemplo, vamos pegar um objeto, uma caneta. Essa caneta, como ela é, ela foi pensada antes, ou você acha que eles fizeram uma fôrma para colocar o plástico e já injetar sem nenhuma medida, sem nenhuma forma de fazer?

Grupo: Foi pensado.

Atabati: Foi sanido. Sanir é isso: é pensar como fazer e solucionar cada etapa e cada processo. Tem uma curva aqui. Está vendo? Foi pensada essa curva, foi desejada essa curva. Essa capacidade de segurar alguma coisa aqui foi medida. Então, todos os objetos, essa cor, foi pensado. Foi sanido.

Grupo: Então, o processo de sanir é um processo de treino, experiência, consolidação de conquistas e que tenha uma relação estreita com a nossa confiança, porque esses processos, como esse da caneta, são processos que já são consagrados. E com as pequenas certezas. São processos que são sanidos mais naturalmente e precisamos agora sanir processos mentais que são desafios, digamos assim.

Atabati: Isso mesmo.

Grupo: Muito obrigado. Gostei muito da exposição.

Grupo: Uma coisa me chamou a atenção, sobre como você trata a sua mente, para não sanir as questões negativas. Enfim, como não achei no texto, não estou com as palavras. Só captei as ideias, desse cuidado com a mente. E isso é tão importante. Inclusive perigoso, porque é onde você aprende sobre si. E eu fiquei pensando exatamente num processo histórico de criação de hierarquia entre grupos humanos, e como é difícil retirar preconceitos e coisas assim. Teria a ver com ter sanido a partir do olhar do outro? Seria isso também? Como algo que é feito inclusive coletivamente? Tem a ver com esse sanir, essa criação de realidade?

Atabati: Sim tem, porque, veja, o assunto são os objetos de Guion. Muitas vezes entende-se como objetos aqueles que você consegue tocá-los ou compreendê-los no processo que acontece. Mas, vamos elaborar processos mentais que não são físicos, não são sociais, não são corporais, portanto não são físicos, não são acessíveis a uma compreensão racional, mas são completamente interligados ao processo como um todo. A memória é uma coisa assim, por exemplo. Mas entende-se a memória. Todos vocês entendem o que é a memória e podem elaborar sobre a memória em vários aspectos, mas há objetos na experiência Guion que não são objetos reconhecíveis e que são tão importantes quanto. Nós poderíamos utilizar como exemplo, a confiança, que é um objeto reconhecível, mas não se conhece até que você o defina dentro do seu processo mental. Estamos elaborando os objetos de Guion para aprender a reconhecê-los. Certamente, se falamos de uma tesoura, isso é um objeto de Guion facilmente reconhecível. Você pode até fazer com a própria mão. Mas é preciso que se compreenda que vamos fazer exercícios para elaborarmos. Há processos coletivos na experiência que são objetos de manipulação mental, como pensamentos negativos, como pensamentos positivos também, quando se faz uma oração e estabelece-se com segurança, com confiança. As relações, elas se transformam em objetos de Guion. Mas até onde?

Grupo: A própria criação da vaga, como exercício da confiança, da sincronicidade?

Atabati: Sim.

Grupo: Sobre o exercício do cristal, eu perdi isso, porque eu não sei fazer. Não é o Trilas não, né?

Atabati: Tem um texto. Alguém pode olhar, por favor? Objetos de Guion. O objetivo é um treinamento. É isso que é sanir. Sabe quanto tempo você ficou para treinar determinadas passagens? Você treinou até no ar. Você treinou nas mesas, nos pianos, nos teclados, até que cada nota esteja presente na intensidade e na intenção proposta. Isso é sanir. Em determinados momentos, quem estava do lado de fora achou muito louco você fazer isso. A experiência de sanir é uma experiência de construir, de formar, fazer surgir. Estamos separando a expressão que poderia ser substituída por essas outras palavras, construir, aprender, mas sanir é o ato individualizado dentro da sua mente de fazer surgir a experiência, fazer surgir a realidade. Muitas vezes, algo tão subjetivo que depende apenas de você sanir, sanir, sanir, até surgir. A consciência também precisa ser sanida. A consciência irá sanir e se transformar em exosciência. Há um caminho entre a consciência e a exosciência e é preciso aprender a lidar com os objetos de Guion, ou seja, os objetos da sua mente. Os objetos que aí estão, do cotidiano até as tarefas mais complexas, eles aí estão e você aí está agindo. Mas dentro da sua mente, construir, sanir os objetos mentais novos que irão surgir, poderá te trazer muita dúvida. E por isso, é importante compreender a expressão sanir. Ela diz respeito a algo de uma normalidade extraordinária. A normalidade extraordinária é: algo que pode ser feito, e que, se for feito, será algo extraordinário.. Construir a própria mente. É o que todos fazem desde a infância. Pois não é esse o processo insciencial?

Grupo: Muito grata.

Grupo: Em relação à memória, fiquei com um dúvida, pois quando você fala da memória como uma estrutura funcional do corpo insciencial. As pessoas, principalmente as pessoas idosas que perdem a memória, como fica esse processo deles, como fica esse indivíduo nessa espiral do seu eixo insciencial:

Atabati: As relações de paridade elas são essenciais para estabelecer, digamos, analogamente, sem querer dizer que a simplicidade computacional corresponda à complexidade insciencial e corporal humana. Está muito longe. Mas quando há a conexão, essa conexão estabelece uma relação. Se ela não se faz, ela se fará de outra forma. Podemos dizer que – isso pode colocar umas caraminholas no pensamento – há outras formas de preservar aquilo que não se estabelece fisicamente. Certo? E a confiança estabelece um elo insciencial tão forte que ele é uma segunda via de relação com a memória. Inclusive, a memória, desde que falamos das fitas de Moebius, que é porque o processo insciencial, ele molda processos de memória em figuras geométricas em Ídar. É algo bastante intrigante. Seria como você olhar para esses vales com esculturas naturais feitas pelo vento, pelas águas, ou em cavernas, estalactites, etc, que vão se formando pouco a pouco e estabelecendo pela própria natureza, relações de forma. Essas relações de forma são respostas otimizadas para os processos vivenciados. A memória, por exemplo, as fitas de Moebius, assim falando até em agradecimento à elaboração desse senhor sobre as fitas inspiradas pela percepção de sua própria memória. A construção disso na natureza insciencial é um looping, fazendo o looping anéis de Moebius, que estabelece lembranças acopladas a processos, a cachos de experiências vivenciadas. Pois todas as experiências, praticamente, na prática, ou seja, na experiência de viver a vida, elas são fragmentadas. A mente não é um contínuo, mas ela vai encaixando-se em processos mnemônicos intermináveis. Como Ídar são só 2 dimensões, ela não praticamente nenhum espaço físico. E toneladas e toneladas de memória podem ser colocadas juntas em processos desenhados pela própria estrutura orgânica enzimática. Por exemplo, como é feito com o DNA, que é empacotado para ocupar o mínimo de espaço na estrutura grande e depois, para ser lida, vai ter que ser lida numa sequência de chaves. Da mesma forma, o organismo soluciona processos mnemônicos semelhantemente. Há como recuperar memória até mesmo depois das desconexões de Alzheimer, e essa experiência pode ser estimulada – aí vai uma dica –  com exercícios prazerosos, porque a relação com as substâncias do prazer são promissoras para aglutinar experiências de memória, de uma forma geral.

Grupo: E trabalhar os sentidos, de uma forma geral, pode ajudar? O olfato, não sei, pele?

Atabati: Pode, mas ponha o prazer.

Grupo: Muito grata.

Atabati: Igualmente agradecemos.

Grupo: NA, paz e amor. Fiquei pensando que as crianças, elas são professores em sanir. Eu me lembro os personagens que eu criava na minha infância, eu ficava convivendo com eles como personagens, como se eles fossem reais mesmo. Conversava, brincava. Por que no processo de desenvolvimento humano, a gente “esquece” isso para depois aprender de novo?

Atabati: O sistema de crença, a educação, é que os mais velhos são mais sábios. Então impõem algo que, na forma de ver de uma criança, por exemplo, não é validada. E isso, em termos gerais, substitui a possibilidade de uma determinada criança, numa determinada situação, confiar nela mesma.

Grupo: Ela vai perdendo os objetos de Guion. E para chegar agora tem que conquistar outra vez. É isso?

Atabati: Ela vai substituindo objetos de Guion que ela confia em objetos de Guion que os outros falaram que deve ser daquela forma. Não quer dizer, entretanto, que haja alguma possibilidade de que as crianças sejam mais sábias, porque são limitações do próprio desenvolvimento. Claro.

Grupo: Nos outros planetas, por exemplo, em Gamari, existe esse processo também? De você saber, sanir, esquecer por conta de imposição do sistema de crenças e depois voltar a aprender? Ou a criança ela já sabe sanir e cresce sanindo? Como é?

Atabati: Você fala de Nabauscher, com nossos irmãos Gamari. Diferentemente, cada experiência não humana propõe coisas diferentes para a experiência dos seres. Não é comparável, porque teríamos que falar sobre as diferenças. Mas, entre os seres humanos você encontra já disparidades bem razoáveis em relação ao desenvolvimento e às habilidades, o desenvolvimento dessas habilidades, como as próprias línguas ou as formas de entender o que é a Lua, como acontece o processo sobre a Lua, por exemplo, ou mesmo sobre a Terra. Parece que algumas questões são propositalmente embrutecidas para criar uma confusão entre as pessoas sensatas, como dizer que a Terra é plana. Parece que são pessoas sensatas que têm um conhecimento, mas por questões de uma infância “emburrecida” para querer convencer aquilo que já está nas fotos de selfie. Um dia estaremos nessas fotos. Agradecemos.

Grupo: Achei interessante você dizer que muitos de nós tentam mostrar para nós mesmos os cristais de Guion, e eu tive sonho que eu estava mostrando para mim mesmo um processo e eu disse: “é igual as fitas de Moebius, é como a memória se dá!” E era como se fosse em linha reta mas fazia o caminho da fita de Moebius, e achei muito bacana isso. A memória veio para mim. Tentei resgatar mais, mas ainda está meio nebuloso. Mas eu sei que eu fiz isso. Foi só para comentar, achei muito bacana.

Atabati: Agradecemos. Vamos seguindo. Vamos elaborando pouco a pouco e, certamente, o objetivo, nessa fase e dessa fase, é compreendermos de uma forma mais objetiva possível, o que é a dimensão de Guion. E que a experiência de Guion, que é a experiência de viver a vida, que é essa vida que vocês estão vivendo, com a natureza das situações que vocês estão vivendo, nada mais do que isso, não se limita a isso. A mente pode ser alcançada sob vários aspectos, e alguns desses aspectos podem ser muito mais imediatos em relação ao desenvolvimento e em relação à percepção de que a sua própria mente pode ser trabalhada de forma inovadora. Compreendam que os objetos de Guion são aqueles que a sua mente constrói. E é preciso e é possível sanir a sua mente e todo o seu desenvolvimento. É algo simples, mas é algo que pode ser desvendado. Falamos isso, porque normalmente não é desvendado. Normalmente há uma espécie de adormecimento do tipo: a mente é o que ela é. Não! Ela é muito mais do que você pensa ela é. É preciso explorá-la. É possível e é preciso. Agradecemos. Paz e Amor. Paz e Amor. Mnahrkiwon!

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