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Paz e Amor.

Esta pergunta já passou por muitas mentes e ainda terá que passar por muitas mais. Real seria aquilo que é físico? Claro que esta indagação da ignorância já está fora de moda, mas por que o senso comum se apoia em uma certa ciência que não se abre para outras alternativas? O que você crê? O mundo físico parece ser palpável, mas é ilusório. As ideias já passaram disso também. Então, repetimos: por que a ciência retarda o senso comum? Por que não se mostra uma nova realidade? Há muitas realidades. De qualquer forma, podemos dizer que todas são ilusórias, porque são não apenas intermediárias, mas acontecem depois de muitos processos e sistemas e que intermediarizam e, assim, elas são apenas um perfil, em determinado momento. Por exemplo, se você apanhar uma pedra, então a pedra é algo físico, seria algo real? Quem apanha a pedra, apanhou utilizando um corpo ou uma máquina. Vamos excluir a máquina. O que há dentro do corpo? Quantas estruturas, sistemas e processos estão ocorrendo fisicamente para movimentar as mãos e apanhar uma pedra? Quem está fazendo isso? O corpo? Apenas o corpo? Apenas as células? Apenas os órgãos? Apenas o cérebro? Quem está por trás do cérebro? Ele faz tudo sozinho? E se ele não perceber, ele apanhou a pedra? Quem é a consciência? Ela é real? Ora, então pensemos que se alguém utilizou uma consciência para apanhar uma pedra, entre a consciência e a pedra, tudo é a consciência. Mesmo sendo materiais, toda a estrutura corporal e a pedra, a mente é material? Suponhamos portanto que a mente seja material. O pensamento é material? O que gera o pensamento? A matéria? O que está por trás de toda a informação que nasce pronta? Ela nasce pronta? Ela se transforma? Apenas com seus recursos físicos, materiais? Todo o processo de transformação de matéria em mente cessa a mente, quando o corpo material cessa? O que é a realidade? Vamos supor, portanto, que tudo seja decorrente da matéria. Se apenas a matéria transforma alguma coisa, para quê vai transformar se depois vai perder todo o seu conteúdo, toda a sua informação, todo o seu processo existencial? A mente desaparece? O que acontece? Alguns tentam explicações absurdas para justificar que não existe ninguém atrás da matéria. E, mesmo questões quânticas, absorvendo infomações do cosmo, como uma esponja, não conseguiriam fazer transformações tão aleatórias e, ao mesmo tempo, tão bem adaptadas com tão alto nível de complexidade. Até porque nesta dimensão e neste planeta, os organismos físicos compartilham parte de suas informações tidas como genéticas, o que faria se fosse apenas o estímulo da própria natureza física, milhares de vezes mais lento do que acontece. Então, suponhamos agora que há algo. Algo como o que se chama de alma, o que se chama de espíritos. Mas, não vamos entrar em detalhes. Apenas pensar se são reais. Mas, se a mente, o pensamento, tangenciar essa categoria, ela irá sair da matéria, e deixará de intercambiar bioquímica, passando apenas para os campos eletromagnéticos, no máximo. Isto é real? A sua mente não material é real? A sua mente, pois, só você pode comprovar. Pois, só você é testemunha de si próprio, ou de si própria. Sendo você única testemunha, será possível você validar a sua exclusiva validade? Aquilo que se compartilha não é possível simplesmente comparar um com o outro, pois são testemunhas diferentes em lugares físicos diferentes, compartilhando apenas a matéria física, os sons e a luz. Outros processos, como os processos eletromagnéticos, podem ser incluídos? É possível chamar tudo de realidade? Então, quais são os parâmetros da realidade? Se algo que você pensa se materializa, isto é realidade? A ciência terá que ser convocada para comprovar a sua realidade? Por que o que você sente, pensa, sente com o físico e com o não físico, não podem ser comprovados por outros? Se você se comunicar com aquele que não se vê, isto é realidade? Ora, você então conversando ao telefone, não é realidade? Claro que o conhecimento é pertinente ao que se objetiva dizer o que é a realidade. A realidade física tem o seu escopo muito amplo e se mescla com dimensões não físicas e dimensões outras físicas, como já falamos de Ídar, Éfler, os Radashes e os Atere, ou melhor – os Radashes na figuração limitada humana, estão dentro dos Atere. O que é a realidade? Aquilo que é para o senso comum, ou aquilo que é para os hiper-especialistas? Estariam certos de separarem a ignorância de sua sabedoria? Ou correm o risco de se igualarem por negarem a existência de muitas questões reivindicadas por muitos milhões. Sejam as religiões, ou sejam as filosofias, as diferentes crenças, palavra que isenta a ciência de suas limitadas retóricas. Será? A ciência tem os seus processos matemáticos que poucos podem elaborar, sejam eles justos ou não, muitas vezes também são ilusórios, mas certamente os cientistas estão muito mais do que iludidos. Tanto o conhecimento que se adquire pelo estudo e pela ciência são válidos, quanto a experiência individual de um recém nascido, pois por mais que se possa imaginar ou se considerar “prova”, ou comprovado, a experiência da mente é uma experiência igualmente ilusória. Mas, entre o corpo e a mente, a mente encontra-se mais próxima da realidade do que o corpo físico. Porque o seu alcance fora do organismo físico insciente, isto é, consciente de si, não depende dos limites do corpo para comprovar a sua realidade. Pois, esta se encontra em si, de tal forma que a própria mente, como resposta ou pergunta de alguém, como mensagem ou como expressão de alguém, antecede a construção do corpo, e quando este alcança os horizontes dimensionais físicos na duplinação, demonstram que o corpo, a priori, faz parte de sua extensão, sendo intermediário. Portanto, sendo na ponta de sua expressão física, apenas guiado por um alguém fora da consideração da realidade. Digamos, de forma mais complexa, alguém em Éfler, e daí, para muito mais, onde está a realidade? E quem produz o organismo físico, ou estaria no organismo físico detentor de uma realidade, como expressão de algo não real? A realidade física pode ser considerada, portanto, uma ilusão de alguém em Éfler? Se Éfler não existe, onde está a realidade? O que é a realidade? Pensem. Paz e Amor. Paz e Amor.

Grupo: Já pensei várias vezes nisso, de que a nossa realidade gira totalmente em torno do nosso corpo, acho que até é um exercício de fantasia para mim imaginar a vida no reino espirtual, porque tudo que a gente faz, sonha, sente, faz para sobrevivência, é referente ao corpo físico. Mas, ao mesmo tempo, eu também já viajei na coisa do Castañeda, que fala que a gente vive sonho, e fala que quando a gente pára o mundo – parar a corrente inecessante do pensamento – a gente estaria diante de outra realidade. É verdade que estando em estado meditativo, parando o fluxo, acessa outra realidae?

NA: É verdade que se acessam várias realidades cotidianamente, pois o que é a realidade? É o que você pensa? É o que você acha? É a pedra que segura? É o documento que lhe prende? É o sentimento que lhe liberta? É a convivência que revela? É o outro? É o sentido? O que é a realidade? É a mudança? É o que está fora? É tudo? Mas, se houver generalizações em qualquer dos casos, qualquer também é uma generalização? As realidades se multiplicarão, sendo tão díspares, que elas se negarão, pois se você diz uma mentira, e arca com suas consequências, o que é a realidade? Aquilo que você faz pode se transformar em real, ou já era real e se transforma em fantasia, como você disse, em alegoria? A mente certamente, da experiência que você vive é a parte mais real da realidade, pois suponhamos que você a perca, que você perca a sua consciência, toda a realidade também se perde. Vamos supor que todos os seres faleçam. Todas as realidades físicas não serão mais reais. Então, surgirão outras realidades? É preciso pensar que aquilo que confia dentro da sua experiência íntima faz a realidade porque a faz em toda a sua cadeia, a partir de sua alma, ou seja, desde Éfler até a pedra que percebe que é uma pedra, ao apanhá-la. Primeiramente, todo o processo inicial, tudo anterior à existência física, e somente depois, o universo físico irá surgir para você. Mas, pode desaparecer, porque você pode além disso, ignorá-lo, e ele deixará de ser hegemonicamente real. Apenas, como um golpe da sua mente. Não seria o que acontece com aquilo que é chamado de doenças relacionadas à sua consciência? Perca a consciência, e perderá a realidade, e sem a realidade física, poderá reconstruí-la, encontrando outros parâmetros para reconhecê-la. Quando se suspende em sua mente um pensamento, quando se cala, pois a voz, a linguagem são transdutorizações, são simbologias, ligações, ilusões. Mas, os significados se enraízam nos sentidos do seu ser silosciente, no seu espírito, na sua alma, no seu eixo consciencial. Isto também ou exclusivamente é a realidade. Paz e Amor.

Grupo: Muitas vezes, eu pensava nesse aspecto: de haver uma natureza maior, uma realidade mais complexa do que os humanos alcançam com seus sentidos. Quando vocês falam em Éfler, Ídar, para mim, confirma isso. Porém, há culturas que pensam a partir da existência de uma só cultura e de muitas naturezas. Parece ser um fundo comum no pensamento ameríndio. Há esse fundo, e ao mesmo tempo, desenvolvimentos coletivos, culturais de lidar com a realidade?

NA: Praticamente todos os grupos humanos confundem a si real e a si não real. A imaginação e o conhecimento são igualmente manipulados. Mas, muitos estão mais próximos de si, do seu ser silosciente e de suas ligações com o seu eixo siloeflérico. Portanto, suas respostas e mensagens sociais são mais abrangentes e mais profundamente vivenciadas. As sociedades capitalistas investiram muito alto na aquisição da matéria. E agora não se encontram em si. Muitas comunidades e sociedades tidas como primitivas, ou como alheias aos universos capitalistas, se aproximam muito mais das experiências reais do que as ilusões geradas pelos distúrbios dos mundos materiais. Certamente, há diferenças significativas entre muitas sociedades humanas.

Grupo:  Eu queria pedir que acompanhassem xxxxx, que faleceu há poucas horas.

NA: Assim seja, agradecemos. Já estamos em contato, agradecemos.

Grupo:  Queria pedir pela xxx que está no CTI, mas está melhor.

NA: Assim seja, agradecemos.

NA: Quando buscamos fazer reflexões como estas que acabamos de fazer, buscamos não apenas questionar o que acham disso ou daquilo, mas também que possam compreender que dentro de si há uma realidade mais plausível ainda do que uma outra tida como sendo mais real. Mas, é preciso olhar para si, perceber-se, buscar compreender, especialmente, interagir, pois a mente humana se divide e os seus preceitos egóicos trazem ilusões disformes, distantes do seu eixo consciencial. E é possível crer que em sua essência, em seu ser, o amor é a base da sua existência e, portanto, pode ser alcançado, tanto pela fé, quanto pelo diálogo consigo, de maneira honesta e confiante. A ilusão é aquilo que crê fora de si. A ilusão leva à falta de noção. A noção revela a confiança que precisa ter em si. Amem-se! Amem-se! Dialoguem com o seu coração! Interroguem a sua mente, e abram-se para as suas luzes, as luzes da criatividade, as luzes do respeito, as luzes da auto-obediência que é respeitar aquilo que diz a sua intimidade sensciente. Como saber? Buscando treinar a sua mente. Ensinando a si a reconhecer-se, agindo com honestidade na incondicionalidade do amor. Agradecemos. Paz e Amor. Paz e Amor.

Grupo: Continuaremos os exercícios?

NA: Precisamos fazer considerações para reforçarmos que a mente não é em vão.

Paz e Amor.