Paz e Amor.
Errar é da existência. Não é só o humano quem erra, pois, o erro é a tentativa da natureza de se recriar, de se refazer e transformar. O erro faz parte de todas as construções, de todas as naturezas físicas, e de todos os seres que nelas vivem. Mas, evidentemente, há muitas formas de compreender tanto os aspectos mais simples do erro, quanto os aspectos mais complexos. A humanidade vive à margem dos erros. Isto quer dizer, sem corrigi-los. Há muitas consequências, quando uma consciência deixa de se observar, perde grande parte da habilidade de reconhecer os seus próprios erros. É essencial que se compreenda que a margem do erro é o seu aspecto mais importante porque é onde a natureza se estabelece como parâmetro para cada um. A margem não é algo pré-configurado para todos, mas é algo que existe para todos. A força desta margem relaciona-se, portanto, à consciência e, ao mesmo tempo, à confiança. Uma ampla margem não consciente pode retardar o desenvolvimento mental e espiritual extremamente, enquanto uma pequena margem, por mínima que seja, consciente, pode impulsionar o acesso mental às habilidades necessárias para o desenvolvimento deste. A questão do erro torna-se relevante quando o ser se vê indiferente, inconsciente, ignorante diante dos seus erros. Em uma soma maior, dos muitos erros que comete a humanidade, há uma tendência discreta, quer dizer, razoavelmente significativa, em sucumbir a consciência diante dos erros. Esse aspecto proporciona largos estados de ignorância, de letargia, de insegurança, e de ações fora do âmbito consciente. A correção dos erros relaciona-se também aos aspectos intrínsecos proporcionados pela humildade, pois reconhecer-se menor é estar próximo de si. As relações entre as margens de erro e qualitativamente estar à margem dos erros, relaciona-se a assuntos de alta importância, diante das ações cotidianas, das decisões e das permissões. Assim sendo, pessoas menos apegadas erram mais, mas reconhecem muito mais os seus próprios erros, tendendo a transformá-los. Muitas vezes, transformações de erros significam errar novamente. Entretanto, aberto à correção. As correções podem ser tanto subconscientes quanto conscientes, mas a maior parte de correções de erros acontece no nível subconsciente ou inconsciente. Grandes mudanças são proporcionadas pela proximidade humilde entre consciência e o erro. A chamada dor de consciência é na verdade um distanciamento da consciência do erro, fazendo com que uma ilusão proporcione um desgaste emocional diante dos erros. Pessoas mais apegadas aos mundos materiais tendem a errar sem ter consciência dos seus erros ou ainda mais grave, tendem a abandonar a si e aos erros, deixando-se à mercê de uma letargia, trazendo comodismo, estabilidade e irresponsabilidade. A ideia dos erros e suas margens, quando assumem posturas moralistas e opressoras, forçam as consciências a abandonarem a relação volitiva entre erro e acerto. Durante a vida, o acúmulo dos erros não é o aspecto mais relevante. O mais relevante, portanto, é a quantidade e a profundidade com que se abandona conscientemente os seus próprios erros. Fatores relacionados à autoconfiança ligam o abandono dos seus erros como se fossem acertos. Parte daquilo que se faz, que seja considerado nocivo para si e para os outros, são consequências diretas de abandonos dos seus estados volitivos naturais destinados à correção de erros. A colocação deste assunto está sendo proposta para reativar séries de questões diretamente relacionadas a dois aspectos constantes em nossas conversas: a relação entre paz e amor, e a relação entre a felicidade e a confiança. Que seja o amor a referência para se compreender que errar é uma virtude, abandonar o erro é irresponsabilidade. Paz e Amor. Paz e Amor.
Grupo: Abandonar o erro seria algo como sucumbir ao erro? Desistir de acertar?
NA: Por exemplo. Concluir que o errado é o certo, aceitar ou se calar diante de situações conscientemente percebidas como erradas. Ampliar excessivamente a margem do erro, assim como estreitá-la excessivamente. Por exemplo, exigir que alguém não erre é um grande equívoco porque impõe a ideia de uma perfeição nociva.
Grupo: Muito sutil essa margem.
NA: Cada um sabe a largura de suas possibilidades na medida em que as exercita.
Grupo: Tem ditado popular que é que Deus me dê coragem para mudar o que posso mudar, e sabedoria para aceitar o que não posso mudar. Uma coisa não entendi: como um erro é consertado inconscientemente? Imaginei que diante de um erro, localizar o erro e transformar o erro em acerto é consciência.
NA: Parte do que acontece pode ser induzido pelo subconsciente, levando tanto a expressões contraditórias que denunciam, quanto a mobilização ambiental que leve ao confronto que por sua vez possibilite correções. Por exemplo, você errou em uma atitude com uma pessoa, e foge da pessoa. Algum tempo depois o seu subconsciente trata de promover um encontro com essa pessoa, colocando diante da solução. A solução está na consciência mas pode ser proporcionado, induzido e até solucionado sem a participação da consciência.
Grupo: Verdadeiro anjo da guarda.
NA: A ideia que está errada e paira em seu consciente como algo de sua ação errada, ela não é um problema se você não se recusar a resolvê-lo em algum momento. A partir do momento que a sua conclusão é proporcionalmente prejudicar outro ou a si, porá o seu organismo em contradição. Pois, a consciência é um estado mental aberto ao amor, e não podes enganá-la. Ficará em sua consciência tal contradição ou tal erro. Na medida em que buscar a solução, o próprio ser como um todo se equilibra, inclusive o inconsciente corporal e o subconsciente irão proporcionar ajuda extra diante da energia volitiva que leve à solução ou à correção de erros. A palavra erro é ampla, mas os aspectos da consciência e de todo o trabalho realizado orgânico, mental, social, cultural, estabelecem-se como parâmetros das energias volitivas destinadas à psique, ou seja, à parte da alma que conduz as suas noções de estado de ser, e as suas relações consigo próprio ou consigo própria, os outros com os outros e com o ambiente.
Grupo: Então a própria atitude volitiva já uma resolução.
NA: Já é um grande aspecto positivo construtivo que irá proporcionar a correção e o próprio desenvolvimento.
Grupo: Percebo que isso promove incronicidade.
NA: Promove.
Grupo: Como o inconsciente ou subconsciente te leva ao encontro da solução, você se despe dos automatismos e se coloca disponível para essa resolução, por si provoca essa incronicidade.
NA: Inclusive reduzindo os níveis de orgulho, pois a humildade é uma chave virtuosa.
Grupo: Nosso amigo, queria humildemente interromper, mas sinto na necessidade de perguntar, algum toque que tenham permissão de dar em relação ao comportamento intempestivo da Alice.
NA: Podemos sim dar um toque, mas deixando claro que todo o processo de cada um está engajado e encaixado na experiência da vida de cada um. A sabedoria há de ser o melhor caminho, buscar interação nos momentos em que as questões não se sobreponham ao comportamento. Quer dizer, quando ela não estiver nos estados alterados. Dar parâmetro e referência ao nível da idade. Com o tempo ela mudará o comportamento, estabelecendo limites espaciais, afetivos, sem que se percam de vista as necessidades afetivas de uma criança dessa idade. Referências não se constroem em momentos críticos, mas em momentos mais claros, quando ela está mais aberta a negociação. Negociação, lê-se, diálogo corporal, de linguagem, e de exemplo.
Grupo: Por exemplo, quando ela estiver no estado normal, conversar com ela a respeito de comportamento em que ela está alterada?
NA: Não, quando ela estiver brincando, ponha situação análoga. Se a boneca está chorando, o que vai fazer? Ela está chorando demais, o que podemos fazer para ela calar? Várias vezes, sempre repetindo para que pouco a pouco ela se coloque no lugar de suas próprias soluções. A mente de uma criança pequena não estabelece conscientemente relações justapostas de seu próprio comportamento. Ela se utiliza de modelos de seus pais, pai e mãe, estabelecendo com eles em conjunto, suas próprias reações. O subconsciente infantil não é só instável, ele pode se desconectar em saltos de maneira que fica muito próximo de suas sensações emocionais. Portanto, pode se guiar com naturalidade, baseando-se em lógicas afetivas. Neste caso, não faz sentido para o adulto as reações imaturas naturais das crianças. É preciso paciência e persistência, estabelecendo limites que sejam compreensíveis. Paz e Amor.
Grupo: Eu queria por favor que acompanhem a passagem do irmão da xxx, esposa do xxx, xxx. E que ajudem no conforto à família.
NA: Assim seja, paz e amor.
Grupo: Também Amanda pede que acompanhem a avó dos primos dela, que faleceu hoje.
NA: Acompanharemos.
Grupo: O xxx, que está no ???, mandou uma pergunta para vocês, que vou ler:
Neste sentido, pergunto aos nossos amigos se, mesmo vivendo com confiança plena em nossa existência, baseados no amor incondicional, coisa que tendo a crer e a praticar a cada dia mais, se tais impactos, extremamente comprometedores do meio ambiente e da nossa permanência neste espaço que hoje ocupamos, poderá tornar necessária a adaptação dos seres humanos cá duplinados em outros lugares ainda não “mapeados” e conhecidos pela experiencia humana. Ou será que realmente teremos condições de permanecer neste lugar? Me questiono até aonde vai a ciência e a tecnologia; se usada como hoje, como instrumento de produção de morte e destruição, de aceleração do tempo e do consumo material, se teremos condições de alterar as perspectivas econômicas, políticas sociais deste lugar que nos permita uma permanência mais duradoura e harmonizada. Ou viveremos apenas em pequenas ilhas de sobrevivência humana (salve-se quem puder), já que as áreas verdes e biodiversas parecem cada vez mais reservadas apenas a visitações e estudos esporádicos, mas não à reprodução da vida humana? Temos tempo aqui realmente? Pelo menos enquanto seres duplinados no planeta terra? Queria crer que sim, mas tem vez que caminhando por aí fico realmente em dúvida e por isso abro para este “diálogo sobre o fim do mundo”.
NA: Seria um contrassenso lógico, óbvio dizer que se destruirmos o planeta, ele sobreviverá. O planeta provavelmente sobreviverá, mas os seres vivos, não. Não é a primeira vez que seres, no conceito humano, inteligentes, são tão inteligentes quanto a sua própria ignorância. O contrassenso baseia-se no egoísmo, o egoísmo baseia-se na ilusão e na dor. Referências à consciência, como dissemos há pouco sobre os erros, são certamente parâmetros para se construir baseados no amor, uma maior longevidade, uma melhor saúde. Mas, é bem claro que aquele que se mata, morre. A expressão dolorosa demonstra que o erro, como parte da consciência, não pode ser sucumbido ao nível da ignorância, porque não haverá muitos a se salvarem. Não estamos falando de um futuro. Estamos dizendo do presente e do passado, pois o futuro não adianta dizer que isso ou aquilo vai acontecer. Mas, vamos abrir uma exceção, apenas a título de ilustrar a explicação. A terra se transforma não apenas pela própria vida, mas por sua própria vitalidade. Aquele que a agride, agride a si mesmo. Aquele que a mata, mata a si mesmo. Lembrando uma breve história, já narrada por nós, em que havia um incêndio em uma floresta, e na margem incendiada de um rio estavam alguns animais tentando se salvar. Em um curto diálogo, uma tartaruga se preparava para atravessar o rio, e um escorpião lhe pede carona. Neste momento, numa breve reflexão, a tartaruga interroga o escorpião: ‘Escorpião, mas e se você me matar? Ambos morreremos’. O escorpião, no desespero, prometera à tartaruga não matá-la. E assim a tartaruga cedeu o espaço ao escorpião em suas costas. Mas, no meio do rio, o escorpião lhe crava o ferrão. Antes de morrer, a tartaruga interroga: ‘Escorpião, você me prometeu. Por que fez isso’? O escorpião, prontamente, talvez cinicamente, lhe respondera: ‘É a minha natureza’. Então, seria a natureza humana, na experiência do medo, ser tão egoísta, que irá destruir a si, e uns poucos privilegiados irão destruir uma grande massa empobrecida, pelo seu egoísmo e pagar com as suas próprias vidas? Diante do amor incondicional, não. Mas, a própria terra, o próprio planeta se transforma. Muitos fenômenos intitulados fenômenos da natureza podem estar prestes a pesar o outro lado da balança, destituindo toda a tecnologia e todo o poder, de tal forma que poderá lhe restar a relação entre mente e coração, entre a razão e o amor, não entre o poder dos egoístas e daqueles que se intitulam donos dos outros, os chamados falsos deuses. Há muitos eventos sendo previstos. É claro que alguns são falsos. Mas, outros, não. Não iremos listar nem prever, mas continue em seu aprendizado, compreendendo as formas de fazer o amor incondicional sobrepor ao egoísmo dos outros. Em algumas situações este poder, o poder do amor, pode parecer impossível, mas torna-se provável, na medida em que o exercício se amplia e se multiplica. Há limite para tudo. Reconhecer os erros e encontrar criativamente as soluções. É para isso que a mente se direciona ao amor, para se tornar maior do que aquilo que destrói, do que aquilo que oprime, do que aquilo que finge. Abra-se ao amor e no mínimo irá compreender mais sobre o que pode acontecer. Não podemos dizer se a Terra continua girando no espaço vazio, mas a curto prazo, pela via da ciência humana, dificilmente outro planeta como este não estará acessível. Há muitos outros “seres” que poderão ajudar, mas não podem interferir. Por isso, até então, não interferem. Por isso, estamos aqui, por isso muitos ainda atuam nas frentes mais ignorantes que são as frentes do poder e as frentes da economia desastrosa. Ter consciência e agir em nome e pelo amor, poderá ampliar, e muito, as possibilidades suas e de todos os outros. Não se iluda com nenhuma promessa. Encontre respostas baseadas na incondicionalidade do amor. Paz e Amor.
Grupo: Com tudo isso, essa destruição planetária, os caminhos que tomam no país, e o que você disse sobre saber do erro, e não agir, não fazer nada, por comodismo, por estar preso às obrigações cotidianas. Passou da hora de deixar de lado as ações cotidianas, para tentar melhorar, lutar contra isso?
NA: não passou da hora não. A hora é agora. Em cada lugar, em cada país, em cada situação. Mas, o que revela um comodismo obrigatório, expressão contraditória, porque se é obrigatório não é cômodo, mas se é impossível, pela fé, é impossível. O impossível se realiza no comodismo. A contradição se aniquila. Há várias simbologias humanas representando essa situação, dentre elas a situação entre duas cobras, uma comendo o rabo da outra. Até quando elas sobreviverão? Portanto, não se deve afirmar algo como se tivesse sem solução. Ao mesmo tempo, não coloque em suas costas todo o mundo. Ponha o seu redor em suas costas, mas não ponha todos porque há os que fazem força para destruir, estes precisam de suas próprias consciências. Os estados não duplinados da humanidade encontram-se em estado de alerta. Mas a Terra não acaba como em um cinema. Ela acaba na própria Terra. Podemos ilustrar naquilo que alguns chamam de transição dimensional. Parte de uma fantasia, parte de uma realidade. As tecnologias serão inúteis. O conhecimento tecnológico não servirá nem para fazer fogo porque não haverá objetos, mas aquilo que se chega no seu coração pela força do amor, impulsiona a sua inteligência, fará a grande diferença. Quem viverá? Quando as coisas irão acontecer? Não há necessidade de saber nem quem nem quando. Pode ser agora, pode ser daqui a trezentos anos. Agora, aqui e agora, acontecem muitas transformações. Não adianta manipular a informação, não adianta fingir que os irmãos extraterrestres não estão por aqui. Não adianta fingir que a espiritualidade humana não tenha o seu poder. Tem. Não adianta negar nem manipular para vender, pois não haverá compradores. Só a luz do amor, em um certo momento, lhe dará consciência, porque até a consciência, sem a incondicionalidade do amor, irá se transformar em ausência. Não ausência sem saber, o paradoxo não pode ser solucionado. Ele precisa ser vivido. E a vida é o que está em você. É o que está em seu coração. É o que está na sua consciência. Construa você mesma. Paz e Amor. Agradecemos. As águas estão energizadas.