Paz e Amor
Podemos verificar que ao expormos sobre as luas suirsômicas, uma abrangência mental começa a ser estimulada em alguns de vocês. Mas, ainda assim, num âmbito mais sutil, porque de fato não é fácil compreender e exercitar o acesso ao seu universo suirsômico. E isso deve demorar, cada um a seu modo, e se quiserem, podem abranger ainda mais, pois as necessidades de auto-sensibilização irão melhorar os trânsitos inscientes, criando novas rotas para o cotidiano. Certamente, há muito mistério que envolve a vida. Ao mesmo tempo, nenhum mistério parece fazer sentido quando o cotidiano lhe impõe esquecer as nuances da existência, fazendo-se apenas gerir as situações e as equações da sobrevivência. Muitos passam vidas e mais vidas nessas condições. Portanto, não há nenhuma surpresa, se o cotidiano se mantém e as coisas continuam inalteradas, cegas e seguintes umas das outras. Normal. As rotas modificam os perfis de comunicação. Os alcances que eram a meio palmo passam para um metro, para dois, três, e assim vai. A compreensão se afunila e se multiplica. Os vazios se preenchem de perguntas. Nenhuma resposta satisfaz. Mas, sempre é possível buscar impulsos para se compreender, mas melhor seria se exercitar. Exercitar o organismo físico e o ser existencial. O ser existencial, chamado de Kalamatsana, é simplesmente a perspectiva de um desenvolvimento – a rota. A rota, ela é histórica, porque são traçados de muitas existências físicas, que evidenciam o valor extremamente amoroso dos Ranamás, convencendo seres a continuarem as suas rotas, dando sentido aos suirsomas. São simples caminhos de cada um, que se completam nos âmbitos conscienciais, entremeados por existências duplinadas e não-duplinadas, em diálogos consigo para que consiga atingir a si da melhor forma que se propõe atingir. É como se tivesse em uma área ampla com alvo bem distante, e de olhos fechados, alguém te roda para que você encontre agora o seu alvo. Algumas pessoas se dispersam deste alvo, se desorientam das referências orgânicas e ambientais, e recriam seus próprios sentidos, baseando-se em outros companheiros perdidos. Então, os seus alvos deixam de existir para si. E pelas afinidades vão seguindo caminhos distanciados de seus alvos. As luas suirsômicas seriam as impressões de que seu alvo está à sua frente, e que você, buscando encontrá-lo, observa a si neste ambiente para se localizar e tentar se acertar. Para isso, na medida em que vai se aproximando do seu alvo, também encontra-se com outros, com o mesmo respeito, com a mesma vontade, e esses se ajudam, não para dispersar em grupos, ou para formar gangues, mas simplesmente para ceder ao encontro, cada um, de seu alvo. No âmbito das rotas, cada alvo torna-se uma etapa de algo que se constrói dentro de si, que lhe dá noção a quem se liga, a quem se ajuda, a quem se conquista e como se conquista. Cada um baseado em sua fé, em sua crença, independe de onde está. O seu alcance será o amor. E o amor alcança a todos. A referência da rota só se constitui com sensibilidade, com inteligência, por meio do amor incondicional, mirando uma estrela longínqua, uma estrela que não se vê, mas que lhe atrai, porque é sua fonte de amor. Ela precisa de sua confiança para que não se desvirtue de seus alvos, para que não se mantenha absorta pela rotina, pelo cotidiano, pelos condicionamentos, mesmo que rotina, cotidianos e condicionamentos sejam imprescindíveis para se encontrar a criatividade por meio da luz do amor. A criatividade é a lucidez inata porque nasce como possibilidade de cada um. E transfigura cada condicionamento em necessidade de equilíbrio, a noção do tempo, do espaço, que reside dentro de cada um. Essas noções geram respeito, geram liberdade, geram crescimento. Cada vez mais as rotas se tornam nessa medida índices de suas luzes de amor. Paz e Amor. Paz e Amor.
Grupo: As rotas e os alvos estão no âmbito do suirsoma.
NA: Sim.
Grupo: E apesar dos condicionamentos, o suirsoma não deve ser buscado em meio à rotina, ao cotidiano? Ou transcendê-lo?
NA: Não se pode buscar o que não se sabe. E dessa forma, os suirsomas são experiências de sensibilização, ou experiências já sensibilizadas, dependendo de cada um. As luas suirsômicas são sinalizações suirsômicas, que podem ajudar na construção de sua rota. Mas, as rotas, como citadas, são também desconhecidas. Mas, serão conhecidas na deduplinação. Então, se considerares o conjunto das luas suirsômicas e aquilo que acontece em sua vida, poderá sensibilizar-se à sua rota.
Grupo: As luas suirsômicas ajudam a indicar os caminhos
NA: Não. Ajudam, mas não indicam. Isso quer dizer que não se deve considerar as luas suirsômicas como indicadores de caminhos.
Grupo: Então, nós na duplinação nunca saberemos algo do suirsoma. Só na deduplinação.
NA: Mesmo na deduplinação, na morte física, nem todos conseguem perceber ou saber a respeito das coisas. Por isso é importante que se observe, que creia em si, que dialogue em sua mente sobre o que acontece em sua vida, o que deseja conscientemente fazer de si. Cada um pode saber de si.
Grupo: A gente pode viver na confiança, o amor é a base da confiança.
NA: É.
Grupo: E entender que a gente pode assumir as forças tehili
NA: Muito bem.
Grupo: Tudo a confiança vai proporcionar dar força para gente, e a gente aproveitar as
forças tehili a nosso favor, e viver a vida com amor, e percepção das luas que nos cercam.
NA: Muito bem.
Grupo: as luas ajudam a gente a aproximar da nossa essência, e através desse
conhecimento esse alvo fica mais claro, ou menos difícil?
NA: Não. Primeiro, vamos pensar que as chamadas luas suirsômicas são apenas sinais
indefinidos.
Grupo: sim, mas tenho percebido que é como se eu me conhecesse mais através dessa
observação.
NA: São sinais indefinidos. Quem ajuda não são os sinais. É você. São vocês. Você, ao confiar em si, observando e não definindo, você se ajuda. Deixemos bem claro que como os sinais são ambíguos, eles não fazem nada, eles são apenas sinais, são manifestações de extravasamentos inscienciais. Eles não agem. Eles fazem parte da paisagem. Você percebe, você sente, você analisa, e principalmente, você não defina. Ao definir, você destrói a sua observação, mas você confia. Confiar na indefinição, na impressão, na intuição, no raciocínio, no pensamento, no diálogo com o seu próprio ser, no diálogo com a vida, com as outras pessoas. Aí você se ajuda. Podes fazer um mapa, mas ele não é nada. Ele é a sua observação. Ele não é a realidade. Ele não é o seu suirsoma. Mas, as luas, como demonstradas, relacionam-se a aspectos a serem observados em conjunto. Construa o seu pensamento. Elabore a sua reflexão, mas não a defina como verdade.
Grupo: Além das luas recebemos outros sinais, como intuições, às vezes vindas de outros seres, por exemplo. É outra coisa?
NA: Sim, mas algumas observações precisam ser feitas. E a primeira delas é não defina. Quando se define, se perde o contato. Se perdendo o contato, não se pode definir, e então estará cometendo um desvio para si. As luas são apenas sinais, os sinais nada fazem. São apenas sinais. O efeito dos sinais em você depende de você. Quando você tem uma ação num determinado ambiente, e alguém em sua frente faz apenas isso (pare com a mão), você responde ou não ao sinal? Menos ainda quando o sinal é um texto em uma placa na parede escrita, paz e amor. Você passa, nem lê, nem age de acordo, nem responde, nem sente. É indiferente. Mas, se você lê, e reagir ao que lá está escrito, você se sensibiliza a algo que é um sinal para todos. Por exemplo: risco de contaminação. A experiência de cada um é permeada por reações conscientes diante dos sinais e das mensagens que chegam ao seu ser nas condições e situações vividas por cada um. Os seres “ocultos” não são enviados de nenhum sinal. Eles agem por si mesmos. Às vezes, pode-se perceber como algo de uma presença, ou de uma imagem, de uma luz, de um som. Mas, não quer dizer especificamente que deva reagir especificamente. É ambíguo, pode não ser nada. E como vai saber? Não vai. Depende de como se observa a si e a sua chamada “realidade”. Cada um percebe e seleciona para o âmbito da indiferença ou da ignorância aquilo que não lhe atrapalhar a si e mais especificamente, relevantemente, aos outros. Então, nestes casos, nega-se a vida e suas dinâmicas de ser e de estar de cada um. Não é império de ninguém. Não é domínio de nada, pois os domínios e os impérios estão aqui, são visíveis, analisáveis, perceptíveis neste mundo físico. Fora dele, tudo, tudo, tudo, muda.
Grupo: Queria pedir orientação para minha esposa, tem tido umas dores muito fortes no corpo. Dá para ver se há algo que pode fazer para melhorar? Se é circunstancial? Dá
para falar sobre isso?
NA: Num primeiro momento, a sinalização das dores relacionam-se a referências de si
que vão sendo transgredidas por si mesma e criando nódulos de energia. Dependendo
desses, reações físicas alérgicas, grupos de dores específicos, como dores nas juntas, que mesmo se relacionando a questões alimentares, mais ainda se relacionam a questões de amor próprio. Num primeiro instante, para ela, qual é a estranheza dessas
dores? Se são ósseas ou musculares, ou sanguíneas, ou orgânicas? É bem íntima essa percepção, mas num primeiro momento, elas podem ser apenas reclamações do organismo, mas está esse organismo reclamando de algo de si que não se faz por si, para depois se transformar em algo especificamente que de preferência, se possível, analisada por um médico. Mas, num primeiro instante, olhar para si com respeito, com amor, com paciência, sapiência, e agir, se a intuição mandar. Se não é muscular, essencialmente do estresse da vida, é preciso que se saiba. Não custa ir ao médico para verificar. Paz e Amor.
Grupo: A xxxx pede que continue olhando pela xxxxx.
Grupo: xxxxx pede por xxxxx.
NA: O amor pode substituir a dor. Antes de achar o pior, encontre o melhor dentro de si.
Antes de revelar para o mundo, revele-se para si. Muitas e muitas vezes, os médicos precipitam, trazem algo prescrito como se tudo já esvaísse. Mesmo que estejam certos, esteja mais certa dentro de si e diga corajosamente que o amor cura, que o amor substitui a dor. Creia em si. Não duvide e irá se surpreender. Paz e Amor.
NA: Ao seguirmos pelas rotas de nossa “existência”, a existência que persiste em nossa “experiência”, depende de cada um. E na medida em que exercita o seu altruísmo, vai fortalecendo as ações e as reações, pois elas são expressões de uma natureza que se constrói positivamente ou negativamente. E a cada vez, em seu ser, vai definindo para si as possibilidades e essas possibilidades não se resumem em nada. Apenas fazem parte das suas rotas. E como quer que seja, quem constrói são vocês. Cada um constrói a si e essa situação é uma das virtudes da sua consciência. Então sinta-as ligadas às suas fontes incondicionais do amor. Paz e Amor. Paz e Amor. Agradecemos.